Inteligência de Mercado
Muitos são os fatores que influenciam ou interferem nos resultados de uma cooperativa. Parte deles está relacionada com questões internas, de gestão e governança, por exemplo, mas outros têm mais a ver com o ambiente externo. Por isso, é fundamental, antes de tomar qualquer decisão, analisar como anda o cenário econômico, quais são as previsões para o nosso setor e atentar-se às variações no mercado. Buscar a maior quantidade de informações possíveis, prezando pela qualidade de cada uma delas. E é isso que você encontra aqui, no ConexãoCoop: análises e dados estratégicos que vão auxiliar na construção de um olhar crítico para compreender as subjetividades, sem perder o foco na tomada de decisões.

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Como criar uma rede de relacionamentos profissionais para potencializar sua carreira
Essa semana lançamos o novo curso do ConexãoCoop, Networking - como criar uma rede de relacionamentos profissionais para potencializar sua carreira. Networking nada mais é do que a nossa rede de relacionamentos, são as conexões profissionais e parcerias que nos auxiliam na concretização de novas oportunidades e modelos de negócios. Nosso novo curso te ensina como abrir caminhos para estabelecer conexões genuínas, duradouras e recíprocas. O curso é dividido em dois módulos, no primeiro você vai aprender sobre o conceito de Networking Humanizado, que preza pela qualidade e autenticidade das relações. Já no segundo módulo o objetivo é ensinar a colocar esse conceito em prática com a ajuda de ferramentas e técnicas. Nosso objetivo é que ao final do curso você consiga constituir uma rede de apoio com legitimidade de interesses para buscar novas oportunidades no mercado, a formatação do seu negócio ou novas parcerias, em geral. A jornalista Alice Salvo é quem te conduzirá nessa jornada sobre cuidado e cultivo de bons contatos. Alice é especialista em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas, professora da PUC-SP e autora do livro “Empreendedorismo para leigos”. Foi Alice quem desenvolveu o conceito de Networking Humanizado, uma nova perspectiva de rede de contatos que é resultado de seus 20 anos de estudo e trabalho. Se você está interessado em: potencializar suas habilidades interpessoais para fortalecer e ampliar sua rede de relacionamentos; extrair o melhor da empatia, escuta, comunicação assertiva e flexibilidade em prol do networking genuíno colaborativo e sistêmico, clique aqui e amplie sua presença de mercado.

Gestão data driven: por que adotar uma cultura orientada a dados na sua cooperativa?
Não tem como fazer parte da economia moderna sem usar dados. A transformação digital é derivada da abundância de informações. Uma gestão data driven - ou seja, guiada por dados - utiliza-os como aliados para que as tomadas de decisões sejam pautadas por informações complexas e assertivas. O levantamento Data Never Sleeps, feito pela ferramenta de gestão de dados Domo, evidencia a espantosa proporção em que os dados são produzidos e compartilhados. Para se ter uma ideia, a cada minuto: 575 mil novas postagens são feitas no Twitter O Google realiza7 milhões de pesquisas Mais de 6 milhões de pessoas compram algo online Usuários do Instagram compartilham 65 mil novas fotos Internautas assistem a 694 mil horas de vídeos no YouTube Com tanta informação disponível, o desafio é como tirar bom proveito delas. As cooperativas são atores fundamentais para o desenvolvimento da nova economia, compartilhada e descentralizada, e também têm muito a ganhar com a modernização da gestão. Além disso, os dados da sua coop podem ter como resultado o Anuário do Cooperativismo! Confira os prazos e atualize as informações no Sou.Coop para participar. Nesse artigo, você vai entender os benefícios da gestão data driven, ver como transformar dados em ações e ficar por dentro das tendências para o futuro do uso de informações. Boa leitura! Por que usar dados na gestão? A consultoria Deloitte acredita que a tomada de decisões baseada em dados faz parte do “novo normal” e será um dos legados da pandemia. Em relatório, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) argumenta que o aumento da produtividade no Brasil passa pela transformação digital. Contudo, a transformação digital não pode se resumir à presença online, disponibilização de um aplicativo ou em campanhas de marketing. Os recursos provenientes dessa nova realidade têm muito a contribuir para as cooperativas como um todo e otimizar as práticas de gestão. Cinco benefícios da gestão data driven A adoção de uma gestão baseada em dados deriva, também, de um processo de transformação cultural. Lideranças, cooperados e colaboradores da cooperativa precisam entender a importância da inovação e manter a mente aberta para absorver novas práticas e recursos. Boa parte do movimento de conscientização e aceitação para a gestão data driven está na compreensão dos benefícios que elas podem trazer à instituição. Diante disso, esses são cinco pontos positivos para a adoção da gestão baseada em dados: 1. Assertividade na tomada de decisões Sem os dados, as decisões são motivadas pela experiência e instinto das lideranças e gerências. Esse modelo se mostra limitado, uma vez que decisões cruciais são tomadas com base em conceitos subjetivos e sensações puramente pessoais. Já os dados fornecem argumentos capazes de embasar escolhas sensíveis. Tal fenômeno não fica só na teoria. Um estudo da Cognopia mostra que companhias que tomam decisões com base em dados têm uma probabilidade 19 vezes maior de serem lucrativas do que as administradas instintivamente. 2. Sinergia entre os setores da cooperativa A qualidade das informações que vão guiar as decisões demandam uma cooperativa integrada, em que todos os setores se conectam. Não adianta ter uma miríade de dados coletados pelas diferentes áreas da cooperativa se eles não estão disponíveis para consulta de outros setores que podem tirar proveito deles. Superando essa dificuldade, as lideranças terão como enxergar um horizonte mais amplo de como opera a organização e de que maneira diferentes setores podem trabalhar juntos. Além de analistas e gestores, a linha de frente das operações também se beneficia dos dados, otimizando tarefas do dia a dia. 3. Visão clara de desempenho e resultados A manutenção de sistemas adequados para gerenciamento de dados possibilita o acesso a informações mais refinadas e complexas. Através delas, torna-se possível avaliar com maior acurácia e nuance os desempenhos e resultados da cooperativa. Essa dinâmica e riqueza de informações facilita a obtenção de diagnósticos mais precisos de gargalos e pontos de preocupação na estrutura da instituição. Por outro lado, tais dados também apresentam onde estão boas oportunidades e sublinham o que a cooperativa está fazendo do jeito certo. 4. Otimização de custos Derivando do item anterior, quando se tem um diagnóstico completo das forças e fraquezas na operação da cooperativa, o direcionamento de recursos fica mais efetivo. O processo de tentativa e erro, que consome recursos sem otimização, perde espaço. A sinergia também afeta este fator, uma vez que uma visão ampla dos gastos da cooperativa facilita a identificação de pontos em que é possível reduzir custos operacionais. Por outro lado, o investimento em prol do crescimento também fica mais certeiro. 5. Prevenção de falhas Os dados conseguem denunciar falhas de forma antecipada nos processos da instituição, melhorando as políticas de prevenção de erros. Informações complexas facilitam a observação de gargalos e pontos falhos que, de outra forma, são muito difíceis de enxergar. Elementos e aplicações da gestão data driven A execução da gestão data driven passou a ser possível a partir da coleta massiva de dados. Não é à toa que dados são considerados o novo petróleo, devido ao seu valor e importância para a economia digitalizada. O Big Data deriva desse novo contexto de informações abundantes. E eles estão ficando cada vez mais numerosos, conforme o poder de armazenamento e processamento computacional cresce. A Oracle, big tech especializada em soluções para bancos de dados, aponta que o big data é composto por três “Vs”: Volume Velocidade Variedade Os dados são empregados em ferramentas de tratamento e análise. Um dado cru não é a mesma coisa que uma informação. Ferramentas que se abastecem do big data são, por exemplo: Inteligência artificial: capacita as máquinas a realizarem tarefas similares a como os seres humanos fariam, em diferentes níveis de complexidade. Os padrões, obtidos a partir do tratamento de um banco de dados, vão servir de base às ações e decisões. Machine learning: trata-se de habilitar um computador a aprender conceitos e padrões por conta própria, a fim de encontrar soluções e municiar decisões informadas, por meio de análises e observações do big data. Ela ajuda a automatizar processos repetitivos, sem deixar de levar em conta nuances e contextos que afetam a decisão. Um processo que une tecnologia e pessoas A migração de uma cooperativa para o modelo de gestão data driven é multifatorial, passando tanto pelas tecnologias quanto pelos humanos. A consultoria McKinsey argumenta que é grande o desafio para os responsáveis pela gerência de tecnologia da informação de uma organização em transição para se tornar data driven. Existe dificuldade em manter bancos de dados antigos ao mesmo tempo em que novas soluções são implementadas. O material elaborado pelo Panorama Positivo também dá destaque à necessidade de investimentos em infraestrutura. A obtenção de serviços adequados para coletar, armazenar, processar e analisar dados tem que ser feita de forma criteriosa, atendendo as demandas de cada cooperativa. Transformação cultural Entretanto, a tecnologia é só uma ferramenta. Quem exerce a gestão data driven de fato são as pessoas. Por isso, uma cooperativa que pretende guiar suas decisões pelos dados precisa, primeiro, desenvolver a mentalidade para tal. Transformar uma cultura enraizada pode se mostrar uma tarefa complicada e gradual. No Harvard Business Review, o gestor de análise de dados David Waller listou dez passos para criar uma cultura data driven. São eles: A cultura data driven deve começar bem no topo: os líderes devem ser os primeiros a adotar soluções baseadas em dados, guiando os colaboradores pelo exemplo. Selecione métricas com cuidado e astúcia: mensurar desempenho por métricas erradas pode causar danos. Dados precisam ser analisados e parametrizados atenciosamente. Não isole seus cientistas de dados: os profissionais que vão manejar a obtenção e o tratamento dos dados precisam estar integrados a todas as áreas da cooperativa. Solucione problemas no acesso de dados de forma rápida: as informações devem sempre estar disponíveis para uso quando necessárias, criando uma rotina de consulta. Quantifique as incertezas: mesmo na análise de dados, não existem verdades absolutas. As margens de erro precisam ser levadas em conta nas decisões. Faça provas de conceito simples e robustas, em vez de complicadas e frágeis: muitas ideias boas, mesmo as surgidas pela análise de dados, não se sustentam na prática - daí a importância de testes bem feitos. Treinamento especializado deve ser realizado na hora certa: não adianta treinar os colaboradores em ferramentas de análise de dados com muita antecedência. O que não é praticado acaba sendo esquecido. Use a análise de dados para ajudar os colaboradores, e não só os clientes: dados são muito úteis para marketing e vendas, mas também cumprem um papel importante na gestão de pessoas. Disposição para trocar flexibilidade por consistência - ao menos em curto prazo: utilizar fontes e serviços diferentes pode gerar conflito de informações e inadequação entre dispositivos. Crie o hábito de explicar escolhas feitas após análise: os dados podem ser interpretados de formas diferentes, não existe sempre uma “resposta certa”. Raciocinar quais são os motivos de uma decisão ajuda a dar consistência a ela. Transformando dados em ações Uma gestão só passa a ser data-driven quando o big data se concretiza na forma de ações. No relatório 10 Ways To Turn Data Into Actionable Insights, a Domo explica como empregar os dados nas tomadas de decisões dentro de uma organização. Algumas das dicas são: Media Mix Modeling: por meio de um modelo econométrico usado para compreender diferentes variáveis relacionadas a uma situação. Essa técnica pode ser usada para compreender como as campanhas dos concorrentes estão afetando o desempenho dos negócios na sua coop. Esse diagnóstico ajuda a tomar atitudes para reverter os danos. Planejamento de recursos: ferramentas de visualização de dados facilitam a compreensão de gargalos que podem estar prejudicando a operação da organização. Tais informações aceleram o processo de tomada de decisão. Performance de vendas: atualmente, as áreas comerciais possuem uma gama muito grande de dados que podem revolucionar as estratégias de vendas. Com essas informações, é possível traçar perfis mais completos, precisos e complexos dos clientes, de forma a elaborar estratégias de relacionamento mais efetivas. Detecção de fraudes e monitoramento: utilizando o machine learning, processos críticos, como detecção de fraudes, podem ser automatizados, resultando em um melhor desempenho. O big data permite enxergar padrões de comportamento e, consequentemente, perceber dessincronias que podem indicar fraudes. Gestão de pessoas e retenção de talentos: com os dados, os gestores podem avaliar com mais profundidade conhecimentos, competências, expertises e déficits de seus colaboradores. Assim, é possível avaliar talentos subaproveitados e ajudá-los num processo de crescimento. Montando equipes com dados: o RH data driven A gestão data driven também tem seu espaço durante o processo de montagem de equipes. Pesquisa feita pelo site de recrutamento InfoJobs aponta que 61% dos profissionais de RH já usam dados para tomar decisões. Mais ainda: 95,5% dos entrevistados acreditam que a análise de dados tem alto grau de importância para análises feitas pela área. A consequência dessa tendência é que os processos de seleção ficam mais longos e passam a ser compostos por mais processos. Além dos tradicionais testes de competência, também é um foco grana na análise de encaixe do profissional à cultura da instituição. Na prática, as decisões tomadas pelos profissionais responsáveis pelo RH ficam mais assertivas, uma vez que não dependem somente de percepções subjetivas. Os dados também reduzem a rotatividade de colaboradores, já que as contratações vão ser mais ricas na avaliação de encaixe do profissional aos princípios da cooperativa. Conclusão: o futuro da gestão data driven O avanço das novas tecnologias não dá sinais de que vá parar - pelo contrário, a tendência é de que continue acelerando cada vez mais. As organizações do futuro terão de ser, inevitavelmente, otimizadas e digitalmente transformadas. Pensando no prazo de 2025, a Deloitte, então, fez um exercício para prever como será uma instituição data driven em um futuro próximo. Segundo a consultoria, essas são as sete características que vão definir as novas gestões baseadas em dados: Dados serão parte de todas as decisões, interações e processos Dados vão ser processados e entregues em tempo real Armazenamento de dados flexíveis permitirão a integração de informações prontas para usar Modelos de operação de dados os tratarão como produtos O papel do chief data officer será expandido e vai gerar mais valor Ecossistemas baseados em dados vão ser a norma Gestão de dados ganhará prioridade e automação em prol da privacidade, segurança e resiliência Tempo de mudanças Lidar com dados não é tarefa fácil, ainda mais com um forte movimento em prol da privacidade de dados pessoais, que culminou, no Brasil, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O futuro aponta para uma demanda pela obtenção ética dos dados, e a regulamentação já começa a andar por esse caminho. O cooperativismo tem muito a ganhar ao integrar a inovação, ainda mais em um mundo que passa por transformações constantes em uma economia altamente dinâmica. A abundância de dados representa a constante revolução tecnológica e abastece novas tecnologias, conceitos, técnicas e culturas - como a gestão data driven. Diante de todas essas transformações, não se esqueça de acessar o SouCoop e atualizar os dados da sua cooperativa para o Anuário de 2022! Esse é um dos muitos produtos que o cooperativismo terá com uma gestão orientada a dados

Agora é que são elas: o protagonismo feminino no mundo e no Coop
O mês de março encerrou e com ele fica a importante reflexão do papel das mulheres nos negócios e no cooperativismo. A pandemia evidenciou a resiliência feminina na sociedade e o grande impacto positivo no mercado com iniciativas empreendedoras e de liderança. No entanto, ainda existem muitos desafios quando o assunto é igualdade: de acordo com o Fórum Econômico Mundial, serão necessários cerca de 135,6 anos para fechar a lacuna entre homens e mulheres. Hoje, o mundo passa por uma mudança de mentalidade ao tentar promover a igualdade de gênero. Conceitos como o F-factor reforçam o quanto a economia e a sociedade se beneficiariam de uma igualdade plena de direitos entre os gêneros. Também conhecido como Fator Feminino, o conceito está relacionado com o movimento social que defende igualdade de gênero, eliminando preconceitos em relação à capacidade das mulheres e dos homens. O F-factor foi um dos destaques do estudo “Cooperativismo de olho no futuro: tendências de mercado diante de um novo mundo”. Ficou interessado? Confira o estudo na íntegra clicando aqui! A atuação das mulheres na gestão dos negócios é uma forte tendência e uma curiosidade que muitos desejam saber é como o coop está se movimentando para promover a diversidade? Um grande passo foi a criação do Comitê Nacional de Mulheres! As integrantes assumiram não só o compromisso com igualdade de representação de gênero, como também com a inclusão social. Quer saber mais detalhes sobre o Comitê e ainda conhecer algumas ações de coops e de organizações que investem em diversidade? Clique aqui e confira! E ainda há muito espaço para conquistar quando o assunto é liderança: apenas 17% das mulheres de todas as cooperativas ocupavam cargos de presidência ou vice-presidência no ano de 2020. Impulsionar a representatividade para que as mulheres possam ocupar cada vez mais cargos de liderança e participar mais ativamente dos processos de tomada de decisão é um dos objetivos do modelo de negócios cooperativista. Acesse nossa Análise Econômica especial das mulheres e fique por dentro de como uma igualdade para elas trará crescimento para todos!

Guerra entre Rússia e Ucrânia: os impactos para o coop
No dia 24 de fevereiro, despertamos com a notícia de que a Rússia havia invadido a Ucrânia. A guerra entre os dois países vem repercutindo, tanto por questões de interesse internacional e humanitário, como por seu impacto econômico, especialmente por conta do isolamento financeiro que a Rússia vem sofrendo. Esse acontecimento tem gerado consequências que impactam todos os modelos de negócio inclusive o cooperativismo. Embora não seja possível mensurar todo impacto das sanções econômicas por países e empresas, bem como o isolamento financeiro de um país importante como a Rússia, alguns efeitos econômicos já podem ser apontados: Preços de energia e commodities – incluindo trigo e outros grãos – subiram, aumentando as pressões inflacionárias de interrupções na cadeia de suprimentos e a recuperação da pandemia de Covid-19. Em meio às pressões de preços já elevadas, as autoridades monetárias precisarão monitorar cuidadosamente o repasse do aumento dos preços internacionais para a inflação doméstica, com o objetivo de calibrar as respostas apropriadas. As sanções anunciadas contra o Banco Central da Federação Russa restringiram severamente seu acesso às reservas internacionais para apoiar sua moeda e sistema financeiro. Países mais dependentes da economia russa sofrerão proporcionalmente. O rublo russo (moeda do país) está valendo menos de um centavo de dólar e atingiu uma baixa histórica depois de perder quase metade de seu valor desde que Putin anunciou a invasão da Ucrânia. A UE projeta redução do seu PIB (5,4% em 2021 para 3,7% em 2022), aumento da inflação (2,1% em 2021 para 5,1% em 2022) e queda de crescimento econômico em função principalmente dos preços de energia, comércio internacional e confiança do investidor.1 Nos EUA a inflação é a mais alta desde 1982, atingindo 7,9% em março de 2022, pressionada principalmente pelo preço dos combustíveis.2 A escalada eventual do conflito com a dominação russa sobre a Ucrânia pode trazer um cenário de inflação ainda maior, com baixo crescimento econômico no mundo todo (estagflação). Esse cenário gerará aversão ao risco, fuga de capital e impacto negativo na taxa de câmbio brasileira, com possiblidade de contração do PIB brasileiro, antes projetado em expansão de 0,42%3 em 2022. Por essa razão, um aumento da taxa de juros no Brasil pode vir em patamar superior ao estimado, prejudicando também consumo e investimentos. Os choques de preços afetarão especialmente as famílias pobres, para as quais alimentos e combustíveis representam uma proporção maior das despesas. A política fiscal do Brasil – já comprimida e deficitária – precisará apoiar ainda mais as famílias mais vulneráveis para ajudar a compensar o aumento do custo de vida. Além disso, caso o governo adote medidas fiscais para compensar um aumento do preço de combustível, a perda de arrecadação aumentaria ainda mais o déficit fiscal brasileiro, prejudicando o cenário econômico para 2022 e 2023. A guerra complica principalmente o cenário político das próximas eleições presidenciais no Brasil à medida que a economia tenta se recuperar da crise pandêmica e lida com os preços e com a potencial escassez de produtos. Quer saber onde tudo isso começou? Então clique aqui e confira o nosso post! OS IMPACTOS NO COOP Cadeia logística: O escoamento de produção pelos portos da Ucrânia e da Rússia estão comprometidos ou bloqueados, afetando os preços dos produtos escoados por ali. As principais companhias de transporte (Maersk e MSC) suspenderam suas atividades comerciais para comercialização de produtos russos, comprometendo ainda mais o comércio com a região. Setor energético: A Rússia é uma grande fornecedora de combustível. A Europa é altamente dependente do gás russo, o que compromete parte das sanções internacionais destinadas àquele país. China, Coreia, Estados Unidos e Japão estão entre outros principais clientes do combustível russo. Neste contexto, Estados Unidos anunciaram restrição a importação de petróleo e gás originário da Rússia e Reino Unido pode ser o próximo a fazê-lo. Esse cenário terá impacto direto nos preços globais dos combustíveis, afetando diretamente o Brasil. Fertilizantes importados da Rússia: A invasão russa afetou o fornecimento de gás natural, insumo relevante para a fabricação de fertilizantes. Tal fato, aliado às dificuldades de acesso a financiamentos internacionais, ocasionadas pelas sanções internacionais, comprometerão as exportações de fertilizantes russos. Uma das consequências disso é o aumento dos preços internacionais do produto. O Brasil é altamente dependente do fertilizante russo, sendo essa a sensibilidade mais marcante da guerra para o País e impactará diretamente o cooperativismo agropecuário. Como alternativa, O Brasil conta em sua pauta importadora com outros fornecedores externos potenciais: China; Canadá, Marrocos, Polônia e EUA. A Ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, sinalizou início de negociações para aquisição do produto canadense. Você sabia? Como estratégia para reduzir a dependência do Brasil das importações de fertilizantes, o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Fertilizantes. A proposta traz medidas para os próximos 28 anos focadas em diminuir a atual dependência do produtor rural brasileiro em relação aos fertilizantes importados e aumentar a produção do Brasil. Entre as perspectivas do plano até 2030, vale ressaltar: Ter capacidade de produzir 1,9 milhão de toneladas de nitrogênio. Atrair ao menos R$ 10 bilhões em investimentos na construção de fábricas de fertilizantes nitrogenados Elevar a produção nacional de óxido de potássio a 2 milhões de toneladas. Ter capacidade produtiva de 4,2 milhões de toneladas em nutrientes de fosfato. Frango: O Brasil vinha exportando o produto para Rússia e pode também ter que remanejar sua exportação para outros destinos compradores do produto brasileiro, como Japão, África do Sul, Arábia Saudita, Líbia, mercado asiático e oriente médio. Além dos clientes já sedimentados, o Brasil pode tentar aumentar o acesso ao mercado europeu e substituir o frango ucraniano que seria destinado à Europa, mas cuja exportação deve ficar limitada devido à guerra. Essa modificação na cadeia exportadora poderá afetar as cooperativas do Ramo Agropecuário, visto que o frango é um dos principais produtos exportados pelo setor. Carne Suína: Em 2022, a Rússia representou 3,4% do valor das exportações brasileiras de carne suína 8º lugar em relação ao volume exportado. Além disso, 64,6% do volume das exportações de carne suína está concentrado nos seguintes destinos: China (37,1%), Hong Kong (10,0%), Filipinas (6,8%), Argentina (5,7%) e Singapura (5,1%). Neste sentido, assim como na cadeia produtiva das aves a carne suína tende a seguir o mesmo movimento. Para esse produto a realocação da exportação tende a ser mais trabalhosa. Milho e trigo: Sendo Ucrânia e Rússia fornecedores relevantes de milho e trigo, o escoamento da produção na região do conflito será comprometido, afetando preços internacionais e a cadeia de suprimentos como um todo. Embora o Brasil não figure entre os principais compradores do trigo e milho da Rússia e Ucrânia, o impacto deve ser sentido nos preços como um todo. A falta do milho dessa região deve pressionar outros produtores mundiais de milho, elevando a pressão sobre os preços e a oferta do produto Brasileiro, não estando descartada a dificuldade de abastecimento do produto no Brasil até o início da safrinha (agosto/setembro) – sujeita às intempéries climáticas -, o que pode afetar também o setor de proteína animal, consumidora do produto. Amendoins exportados do Brasil para Rússia: Sendo um dos principais produtos exportados do Brasil para a Rússia, os comerciantes de amendoim terão que buscar novos mercados, além de lidar com a parada repentina do fornecimento para Rússia e Ucrânia, devido as dificuldades logísticas e de pagamentos internacionais. Outros mercados relevantes no consumo de amendoim: China, Holanda, Indonésia, Alemanha, Reino Unido, Argélia, África do Sul, Colômbia, Australia. Deve-se estudar a possiblidade de abertura de novos mercados. Soja exportada para Rússia: O Brasil e as cooperativas são grandes exportadores de soja . Diante de um cenário de oferta restrita do produto e preços favoráveis, a soja brasileira terá facilidade para entrada nos países afetados pela escassez dessa oleaginosa. Vale mencionar, também, que a produção de soja da Ucrânia atua na entressafra da do Brasil o que pressiona ainda mais os produtores do produto a fornecer esse insumo. O principal mercado da soja brasileira é o Chinês, mas pode-se considerar outros parceiros do produto brasileiro como Espanha, Tailândia, Turquia, Holanda, ou novos parceiros como República Dominicana, Bélgica, Bangladesh, Alemanha e Peru, que são grandes consumidores de soja. Diante desse cenário, caberá às cooperativas buscar uma diversificação de seus parceiros comerciais. Quer saber quais outras consequências a guerra pode ter para o modelo de negócios cooperativista? Então acesse nossa Análise Econômica e fique por dentro!

Guia de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em saúde: a hora e a vez de quem é do ramo
As cooperativas já mostraram ter capacidade de unir, todos os dias, um alto padrão de gestão e atendimento. Diante da crise sanitária que afetou todo o mundo em 2021, o cooperativismo de saúde abraçou a responsabilidade de cuidar da população brasileira. E como a cooperação é a base do nosso modelo de negócio, por que não contribuir para melhoria da saúde pública por meio de uma parceria? As parcerias público-privadas (PPPs) são acordos feitos entre os setores públicos e empresas privadas para executar serviços essenciais em áreas onde os recursos e infraestrutura governamentais são escassos. É um apoio importante para que o Estado garanta um atendimento mais eficaz e melhor para toda a sociedade. Pensando nos benefícios que essas uniões trazem para todos, o Sistema OCB lançou, nesta terça-feira (8), o Guia sobre PPP em Saúde, elaborado em parceria com a Radar PPP. O material traz um compilado de informações básicas para que as cooperativas de saúde participem de licitações e se tornem concessionárias de serviços de média complexidade no setor. A iniciativa surgiu a partir da demanda das cooperativas do ramo, que queriam entender melhor como potencializar a sua atuação na atual conjuntura. “Quando o ‘cuidar cooperativo’ se une em parceria com o ‘cuidar constitucional do Estado’, podemos fazer muito mais. Somar esforços, racionalizar recursos, ser mais eficientes, ter ética e cuidar de todos são os cernes dessa união. Mesmo que tímidas, essas parcerias no setor saúde podem ser potencializadas e oferecer respostas a nossa gente que tanto tem sofrido dessa grave crise sanitária que temos vivido desde 2020”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. As PPPs entre cooperativas e governos municipais ou estaduais têm como objetivo dinamizar o setor de saúde e melhorar a qualidade do atendimento à população local. As cooperativas de saúde podem oferecer boas parcerias para o poder público, por serem reconhecidas por sua excelência em gestão e pelo trabalho focado no cuidado com as pessoas. O guia foi organizado de forma segmentada e com linguagem acessível mesmo para quem não está familiarizado com os processos licitatórios de concessão. Ficou interessado no assunto? Então não perca tempo! Clique aqui e confira como sua cooperativa pode contribuir para elevar a qualidade do gasto público no Brasil.

De olho no futuro: as principais tendências para o coop
É inegável que a pandemia de Covid-19 afetou todas as organizações e pessoas ao redor do mundo. O “novo normal” modificou tanto a gestão das equipes em trabalho remoto como o comportamento dos consumidores e experiências de compras. Foi preciso não só se adaptar, mas evoluir em termos de formatos de trabalho, agilidade, digitalização, inovação e tantos outros desafios. Novos mercados e oportunidades de negócios são realidade e muitas dessas mudanças vieram para ficar. Identificar e mapear comportamentos para prever mudanças é uma estratégia essencial para a competitividade das cooperativas. E foi pensando nisso que o Sistema OCB desenvolveu em parceria com o ISAE (Instituto Superior de Administração e Economia) o estudo Cooperativismo de olho no futuro: tendências de mercado diante de um novo mundo. O material foi elaborado de forma customizada para a OCB, e estruturado em três partes: forças estruturantes, dinâmicas emergentes e mapeamento econômico dos ramos selecionados. Como prever o amanhã impacta a minha cooperativa? Para responder a esse tipo de pergunta precisamos de um olhar prospectivo diante das mega e macrotendências. Tema em destaque na primeira parte do estudo, a prospectiva analisa as causas técnicas, científicas, econômicas e sociais que aceleram a evolução do mundo. Ela versa sobre uma cultura de monitoramento, análise e interpretação das transformações que estão acontecendo e as projeta em um futuro. Quer saber quais são as Forças Estruturantes que impactarão o futuro da sua coop? Acesse já nosso estudo! O segundo bloco do estudo abre-se para um olhar de tendências específicas chamadas Dinâmicas Emergentes. São narrativas somadas a estudos de casos, que inspiram a partir da visão de novos modelos de negócio, maneiras de gestão, métodos, produtos, serviços e comunicação, e que servem para concretizar os conceitos nas megatendências. É o como fazer e, principalmente, como os principais players do mercado global estão fazendo para abraçar estratégias de criação de futuros desejáveis e encontrar oportunidades que possam ser aproveitadas para criar valor, diferenciação e garantir a perenidade dos negócios. DINÂMICAS EMERGENTES DO SETOR AGROPECUÁRIO O novo século demandará um estilo de vida baseado em um “health system”, ou seja, um ecossistema saudável que inclui questões de meio ambiente, saúde de solos, plantas, animais e pessoas. Para atender às expectativas dos consumidores, o setor agropecuário deve estabelecer uma abordagem ativista, voltada para resultados e buscar reverter o impacto ambiental causado ao planeta. Por fim, o caminho para que as soluções inteligentes e impactantes se estabeleçam será sustentado pelas inovações tecnológicas. Confira o nosso estudo e conheça algumas das principais tendências do ramo agropecuário para que nossas cooperativas continuem se diferenciando frente às outras instituições! DINÂMICAS EMERGENTES DO SETOR FINANCEIRO O setor financeiro promete ter enormes inovações nos próximos anos e é preciso estar preparado. As próximas décadas prometem flutuações econômicas e somada a isso a tecnologia se desenvolve exponencialmente. Organizações que trabalham no setor financeiro e meios de pagamento deverão estar constantemente preparadas para futuros acordos governamentais, mudanças de paradigmas, novas formas de relacionar-se com o cliente e avanços da tecnologia. Para sobreviver a esse novo mundo será preciso agir rápido e não ter receio de mudanças. Confira o nosso estudo e conheça algumas das principais tendências do setor financeiro para que nossas cooperativas continuem se diferenciando frente às outras instituições! DINÂMICAS EMERGENTES DO SETOR DE SAÚDE O futuro do setor de saúde será um mundo longe do sistema atual, que normalmente trata as pessoas somente depois que elas ficam doentes. O foco será em diagnosticar os fatores de risco de uma pessoa para muitos problemas crônicos de saúde, avaliando genética, estilo de vida, fatores ambientais e circunstâncias sociais. Em seguida, os provedores criarão planos de cuidado abrangentes e contarão com o apoio de gerentes de cuidados, parceiros profissionais ou marcas - capazes de fornecer apoio entre consultas médicas e conectar pessoas a serviços locais que as ajudem a viver mais felizes e saudáveis. Confira o nosso estudo e conheça algumas das principais tendências do setor de transporte para que nossas cooperativas continuem se diferenciando frente às outras instituições: DINÂMICAS EMERGENTES DO SETOR DE TRANSPORTE Alterando fundamentalmente a forma como as pessoas e os produtos são movidos, o setor de transporte está sendo desafiado com o surgimento de novos mercados, aumento populacional em centros urbanos, novos comportamentos das jovens gerações, sem falar das crises climáticas e de sustentabilidade. Em um cenário futuro, a mobilidade será predominantemente porta a porta e sob demanda. Os viajantes terão muitas maneiras limpas, baratas e flexíveis de se locomover. As fronteiras entre transporte privado, compartilhado e público serão cada vez mais interligadas Confira o nosso estudo e conheça algumas das principais tendências do setor de transporte para que nossas cooperativas continuem se diferenciando frente às outras instituições! E agora? Você está preparado para acompanhar as tendências e analisar como elas podem impactar o seu negócio, o relacionamento com públicos estratégicos e a tomada de decisão? Se ainda achar que precisa de um empurrãozinho, confira nosso curso on-line Pesquisador de Tendências! No curso on-line gratuito Pesquisador de Tendências você vai aprender a olhar para cenários e contextos de uma forma estratégica e, a partir disso, melhorar ainda mais a gestão e os processos dentro da sua cooperativa!