Mercado nacional
O Brasil conta com quase 6 mil cooperativas, que agregam mais de 15 milhões de cooperados. Esses números representam um impacto enorme na vida de milhões de brasileiros e na economia nacional. E ainda há muito a crescer por aqui! Existe muito espaço a ser ocupado pelo coop e a nossa atuação pode ser ampliada em todos os setores. É por isso que aqui, no ConexãoCoop, vamos mapear todas as oportunidades que podem impulsionar a sua cooperativa no mercado nacional!

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MAPA

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O Mapa é um dos maiores parceiros do cooperativismo e do Sistema OCB. Atualmente, uma série de iniciativas do ministério têm as coops como prioridade ou atores-chave em seu desenvolvimento. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é um dos principais - senão o maior - parceiro estratégico do cooperativismo brasileiro.Juntos, OCB e Mapa, estão realizando diversas ações que impactam as coops diretamente. Além disso, o ministério também atua como defensor do coop, em outras pautas relacionadas ao setor, junto a outros órgãos. O programa mais importante que está sendo executado pelo Mapa em parceria com o Sistema OCB, é o Brasil Mais Cooperativo. O seu objetivo é ampliar as oportunidades de negócios para as cooperativas e fortalecer o nosso modelo de negócios de norte a sul do país. Inclusive, um dos eixos de atuação do programa é voltado para o desenvolvimento do coop na Região Nordeste.
Todas as iniciativas são construídas de maneira colaborativa na Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, que também conta com uma diretoria de Cooperativismo e Acesso a Mercados. Por lá são pensadas as ações para inserir e impulsionar as cooperativas brasileiras, especialmente aquelas de pequeno e médio portes.
NOSSOS PARCEIROS
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O Mapa é um dos maiores parceiros do cooperativismo e do Sistema OCB. Atualmente, uma série de iniciativas do ministério têm as coops como prioridade ou atores-chave em seu desenvolvimento. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é um dos principais - senão o maior - parceiro estratégico do cooperativismo brasileiro.Juntos, OCB e Mapa, estão realizando diversas ações que impactam as coops diretamente. Além disso, o ministério também atua como defensor do coop, em outras pautas relacionadas ao setor, junto a outros órgãos. O programa mais importante que está sendo executado pelo Mapa em parceria com o Sistema OCB, é o Brasil Mais Cooperativo. O seu objetivo é ampliar as oportunidades de negócios para as cooperativas e fortalecer o nosso modelo de negócios de norte a sul do país. Inclusive, um dos eixos de atuação do programa é voltado para o desenvolvimento do coop na Região Nordeste.
Todas as iniciativas são construídas de maneira colaborativa na Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, que também conta com uma diretoria de Cooperativismo e Acesso a Mercados. Por lá são pensadas as ações para inserir e impulsionar as cooperativas brasileiras, especialmente aquelas de pequeno e médio portes.
BNDES

BNDES
O cooperativismo brasileiro, representado pelo Sistema OCB, é considerado um dos grandes parceiros do BNDES na promoção do desenvolvimento econômico e social do país. Essa parceria fortalece o relacionamento com as cooperativas, permite a difusão de informações sobre produtos e programas do Banco e viabiliza o acesso a recursos por meio das cooperativas de crédito e bancos cooperativos parceiros, localizados em diversos municípios do país.
Dentre as soluções financeiras que podem ser acessadas pelas cooperativas e seus cooperados, destacam-se aquelas destinadas ao setor agropecuário. O BNDES disponibiliza recursos por meio dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs) e das linhas específicas do Banco, que atendem a diversas necessidades, como projetos de investimento, aquisição de máquinas e equipamentos, recursos para custeio, investimentos em sustentabilidade, armazenagem, inovação, modernização, dentre outras.
Há ainda outras soluções como o Procapcred, o BNDES Finame, o BNDES Pequenas Empresas e o BNDES Garantia, que podem ser acessados por cooperados e/ou cooperativas de todo o Brasil. Tais produtos permitem o financiamento para aquisição de cotas-partes das cooperativas, para capital de giro e para obtenção de garantias.
É importante ressaltar também o papel exercido pelas cooperativas de crédito e bancos cooperativos parceiros, que atuam como agentes financeiros credenciados do BNDES. Por ter uma presença em diversas regiões, tais instituições contribuem para uma descentralização do crédito no mercado, trazendo assim um maior potencial de geração de emprego e renda em todo país.
Por fim, o BNDES mantém o compromisso com a sustentabilidade do cooperativismo brasileiro e reconhece o papel relevante do Sistema OCB na representação, defesa e desenvolvimento do setor para torná-lo ainda mais competitivo e reconhecido por toda a sociedade brasileira.
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O cooperativismo brasileiro, representado pelo Sistema OCB, é considerado um dos grandes parceiros do BNDES na promoção do desenvolvimento econômico e social do país. Essa parceria fortalece o relacionamento com as cooperativas, permite a difusão de informações sobre produtos e programas do Banco e viabiliza o acesso a recursos por meio das cooperativas de crédito e bancos cooperativos parceiros, localizados em diversos municípios do país.
Dentre as soluções financeiras que podem ser acessadas pelas cooperativas e seus cooperados, destacam-se aquelas destinadas ao setor agropecuário. O BNDES disponibiliza recursos por meio dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs) e das linhas específicas do Banco, que atendem a diversas necessidades, como projetos de investimento, aquisição de máquinas e equipamentos, recursos para custeio, investimentos em sustentabilidade, armazenagem, inovação, modernização, dentre outras.
Há ainda outras soluções como o Procapcred, o BNDES Finame, o BNDES Pequenas Empresas e o BNDES Garantia, que podem ser acessados por cooperados e/ou cooperativas de todo o Brasil. Tais produtos permitem o financiamento para aquisição de cotas-partes das cooperativas, para capital de giro e para obtenção de garantias.
É importante ressaltar também o papel exercido pelas cooperativas de crédito e bancos cooperativos parceiros, que atuam como agentes financeiros credenciados do BNDES. Por ter uma presença em diversas regiões, tais instituições contribuem para uma descentralização do crédito no mercado, trazendo assim um maior potencial de geração de emprego e renda em todo país.
Por fim, o BNDES mantém o compromisso com a sustentabilidade do cooperativismo brasileiro e reconhece o papel relevante do Sistema OCB na representação, defesa e desenvolvimento do setor para torná-lo ainda mais competitivo e reconhecido por toda a sociedade brasileira.
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Os 6 maiores desafios para os negócios em 2023
Em tempos dinâmicos, o ano de 2023 começa apresentando uma série de desafios que as cooperativas vão precisar enfrentar no mundo dos negócios. A velocidade da transformação digital, as mudanças nos hábitos de consumo e as diversas incertezas que se apresentam no horizonte econômico exigem atenção e adaptabilidade das lideranças. Diante de tantas questões em aberto em relação ao ambiente de negócios, a melhor solução é ficar atento aos temas mais desafiadores. Dessa maneira, sua cooperativa estará preparada perante os percalços que se apresentam no caminho, encarando os obstáculos no curto prazo em prol do desenvolvimento sustentável. Por isso, neste artigo, enumeramos os seis principais desafios para os negócios para 2023 que sua cooperativa deve ficar de olho. Os assuntos vão desde as preocupações financeiras e o contexto econômico global até a inclusão das novas gerações na força de trabalho. Aproveite a leitura! 6 grandes desafios para os negócios para acompanhar em 2023 O ano de 2023 apresenta uma série de questões que devem impactar os negócios das cooperativas. A fim de antecipar esses cenários, elaborar o planejamento e até mesmo encontrar oportunidades em meio às mudanças, o ConexãoCoop compilou estes seis desafios que prometem impactar os negócios. Confira, então, quais são eles: 1. Desaceleração da economia global Os executivos ouvidos pela 26ª Pesquisa anual global de CEOs, feita pela consultoria PwC, temem a estagnação econômica. Ao todo, 73% dos líderes no Brasil e no mundo estão pessimistas com o crescimento econômico global. Essa percepção é compartilhada por executivos de diversos países. Esse pessimismo representa uma mudança de expectativas em relação ao ano anterior. No estudo referente a 2022, 77% dos líderes previam uma aceleração no crescimento global, à medida que os impactos da pandemia fossem diminuindo. Tal movimento, contudo, foi frustrado por novas rupturas - como a guerra na Ucrânia e seus efeitos imediatos. O conflito causou grandes impactos na oferta de energia e commodities. As maiores expectativas de recessão vêm da Europa e dos Estados Unidos. 2. Equilibrar finanças e lidar com aumento de custos A inflação é outra preocupação global. O aumento nos preços de energia e das commodities proporciona um aumento nos custos de diversos outros setores da economia. No Brasil, a inflação de 2022 ficou em 5,79%, acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. As projeções para 2023 também estimam outro estouro da meta. A alta na inflação gera, como consequência, alta nos juros. Com isso, a economia desacelera e fica mais caro pegar dinheiro emprestado. Essa dinâmica causa impactos importantes para os negócios. Segundo a PwC, houve, ainda, uma queda de confiança no crescimento das receitas em relação ao ano passado. Em meio a esse contexto, o Monitoramento dos pequenos negócios, feito pelo Sebrae, apontou que os dois maiores desafios para os negócios mencionados pelos empreendedores são: Equilibrar as finanças: 37% Aumentos dos custos (energia, água, insumos, dentre outros): 35% Assim, um dos maiores desafios para os negócios para 2023 vai ser manter o caixa saudável e encontrar estratégias para cortar custos em meio ao aumento dos preços praticados em insumos fundamentais para o funcionamento das cooperativas. 3. Reinvenção dos negócios e comportamento de consumo Com a economia em desaceleração, os custos em alta e a dificuldade para obtenção de crédito, os consumidores precisam adaptar seus hábitos de consumo. Diversos dos fatores desafiadores mais citados no estudo do Sebrae têm a ver, justamente, com os clientes: Redução do poder de compra do consumidor: 34% Entender a mudança no comportamento do consumidor: 16% Oferta de produto ou serviço diferenciado: 15% Em seu relatório State Of Sales, a Salesforce, uma das maiores autoridades em vendas, alertou: vender está mais difícil. Além da redução no poder de compra, os hábitos culturais de consumo estão passando por um processo de transformação constante. Esse fenômeno requer que muitos negócios se reinventem para entrar na era de consumo digital. Para ajudar a sua cooperativa a se planejar dentro desse cenário, confira nosso artigo sobre as tendências de vendas para ficar de olho e vender mais em 2023! 4. Aceleração dos compromissos climáticos e agenda ESG A agenda ESG está mais em alta do que nunca. Sustentabilidade ambiental, preocupação social são demandas tanto por parte dos consumidores quanto dos governos e órgãos reguladores. Em 2023, argumenta a consultoria McKinsey, chegou a hora de acelerar os compromissos climáticos. No bloco europeu, a legislação passará a impor maiores exigências à importação. Com isso, as cooperativas exportadoras devem ficar atentas às regulações internacionais relacionadas à agenda ESG. Nesse cenário, um bom caminho é buscar certificações a fim de atestar os compromissos ambientais e sociais na produção. E não é só na Europa - outras regiões também já deram indicações de que devem acompanhar esse movimento. O relatório de CEOs da PwC aponta que, nessa jornada, parcerias com entidades como ONGs e instituições acadêmicas estão ganhando protagonismo em áreas como: Educação Diversidade, igualdade e inclusão Desenvolvimento sustentável Mudanças climáticas Além disso, segundo um outro estudo da consultoria PwC, as cooperativas de crédito têm sido cada vez mais demandadas pelos seus cooperados para que se posicionem em relação aos pilares do ESG. Ou seja: entregar resultados em matéria de sustentabilidade é um dos grandes desafios para os negócios para 2023. 5. Reconfiguração das cadeias de suprimentos Após décadas de globalização das cadeias de suprimentos, há um movimento de regionalização dos fornecedores, registra a McKinsey. Se antes a prioridade era o baixo custo, o desafio para 2023 é buscar novos agentes de fornecimento e aumentar os estoques. Para negócios com cadeia produtiva complexa, alguns fatores contribuem para se considerar uma decisão estratégica de mudar a base de fornecimento ou o local de produção de componentes. Esses fatores são, por exemplo: Eliminar custos com as taxas de importação Cobrança social Disponibilidade Limitação de risco cambial Menor exposição às moedas estrangeiras Portanto, a nacionalização dos fornecedores e a proximidade geográfica entre oferta e demanda brasileiras podem gerar ganhos para os negócios. O cooperativismo, como modelo de negócios, já apresenta uma forte ligação com as comunidades - o que pode ser um fator positivo para enfrentar mais esse desafio. 6. Integração da geração Z nas equipes Os jovens estão ganhando espaço no mercado de trabalho, e um dos grandes desafios é integrar as novas e velhas gerações nas equipes, com seus diferentes hábitos e culturas profissionais. Tudo isso em meio a fenômenos como a grande evasão (quando pessoas se demitem sem ter outro emprego em vista) e a demissão silenciosa (colaboradores desmotivados que fazem somente o mínimo). A grande diferença da geração Z, composta pelos nascidos entre a segunda metade dos anos 90 e o início dos anos 2010, está na motivação. Enquanto quase metade dos jovens focam na realização pessoal, apenas 25% têm a riqueza como principal motivação. Além disso, registra a Wunderman Thompson, uma das características mais notáveis da geração Z é a importância dada ao senso de pertencimento. Portanto, o alinhamento entre valores pessoais e corporativos é pauta prioritária para atrair jovens talentos. Ao todo, 74% desse grupo se recusa a trabalhar em organizações que não condizem com seus valores pessoais. Com isso, as cooperativas precisam ficar atentas ao que move a geração Z, de forma que consigam atrair os jovens talentos. Uma vez que esse grupo é movido a propósito, o cooperativismo larga na frente para integrar esses novos talentos, mas a jornada segue sendo desafiadora. Conclusão O ambiente de negócios apresenta um ano desafiador pela frente, de forma que boa parte das expectativas positivas do último ano foram revertidas, devido ao contexto global. Assim, a retomada esperada no pós-pandemia foi barrada, sobretudo pelas consequências da guerra na Ucrânia. A partir desse ponto de vista, muitos negócios precisaram readequar suas expectativas de crescimento e suas prioridades. Isso, entretanto, não quer dizer que 2023 não seja um ano cheio de oportunidades. Mesmo em meio aos desafios para os negócios, as cooperativas devem estar de antenas ligadas para identificar tendências e o surgimento de novas possibilidades de mercado. A transformação digital vem se consolidando, e os avanços tecnológicos proporcionam meios de melhorar a produtividade, encontrar novas parcerias comerciais e construir uma marca ligada à sustentabilidade e ao desenvolvimento social. Por fim, para encarar o novo ano e fazer o melhor planejamento para a sua cooperativa, confira também as 5 tendências de negócios que você deve acompanhar de perto em 2023 clicando aqui!

Oportunidade de rodada de negócios com compradores internacionais na feira Apas Show
A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) organizará uma rodada de negócios com compradores internacionais durante a feira Apas Show. A rodada de negócios acontecerá nos dias 15 a 18 de maio, em São Paulo, em ambiente hoteleiro externo da feira. O público-alvo da rodada são empresas e cooperativas dos setores de alimentos e bebidas, embalagens, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, limpeza. Confira os detalhes para participar da rodada de negócios: Inscrições: até 15 de março As cooperativas selecionadas contarão com os seguintes serviços oferecidos pela ApexBrasil: Reunião online preparatória para a rodada de negócios; Arregimentação de compradores internacionais de segmentos compatíveis com a oferta exportável dos empreendimentos participantes; Matchmaking e agendamento de reuniões individuais; Organização de rodada de negócios; Tradução simultânea para as reuniões de negócios entre empresas brasileiras e compradores internacionais (sob demanda); Emissão de credenciais de acesso ao pavilhão da feira Apas Show (1 por empresa selecionada) Equipe de apoio. O que não está incluso: área de exposição na feira Apas Show 2023 (estandes), seja coletivo ou individual. Para saber mais sobre como e por que participar de rodadas de negócios clique aqui. Ao todo, a ApexBrasil está disponibilizando 70 vagas. A seleção será feita considerando o ranqueamento detalhado no regulamento de participação. Importante que a cooperativa coloque todas as informações possíveis para pontuar e ter mais chance na etapa de ranqueamento. A ApexBrasil será responsável pelos custos de contratação do espaço e organização da rodada de negócios. As cooperativas selecionadas deverão pagar uma taxa de R$ 1.100,00 (será pago diretamente à ApexBrasil), além de arcar com suas despesas pessoais (passagens aéreas, hospedagem, alimentação etc.) e com o envio de amostras. Acesse o regulamento aqui. Faça sua inscrição aqui. O Sistema OCB é parceiro da ApexBrasil e está à disposição para apoiar a participação das cooperativas. Para maiores informações, entrar em contato com a equipe de promoção comercial do Sistema OCB: jean.fernandes@ocb.coop.br e layanne.vasconcellos@ocb.coop.br

Oportunidade de rodada de negócios com compradores internacionais na feira Anufood Brazil
A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) organizará uma rodada de negócios com compradores internacionais durante a feira Anufood Brazil. A rodada de negócios acontecerá nos dias 11 a 13 de abril, em São Paulo, no próprio estande da ApexBrasil dentro da feira. O público-alvo da rodada são empresas e cooperativas produtoras e/ou exportadoras iniciantes e intermediárias, do setor de alimentos e bebidas, cujas estratégias de internacionalização tenham os mercados da América do Norte, Central e Sul, Europa, África e Ásia como alvo. Confira os detalhes para participar da rodada de negócios: Perfil: empreendimentos de alimentos e bebidas Inscrições: até 07 de fevereiro As cooperativas selecionadas contarão com os seguintes serviços oferecidos pela ApexBrasil: Reunião online preparatória; Reserva de espaço para a realização das rodadas de negócios; Espaços coletivos de networking e salas de reunião (a disponibilidade destes serviços dependerá da disponibilidade de espaço no pavilhão a ser definido); Depósito coletivo para armazenamento de amostras; Materiais promocionais coletivos e não personalizados confeccionados pela ApexBrasil; Os espaços destinados para as rodadas de negócios terão o seguinte padrão: 1 mesa com 4 cadeiras; Equipe de apoio. Para saber mais sobre como e por que participar de rodadas de negócios clique aqui. Ao todo, a ApexBrasil está disponibilizando 50 vagas. A seleção será feita considerando o ranqueamento detalhado no regulamento de participação. Importante que a cooperativa coloque todas as informações possíveis para pontuar e ter mais chance na etapa de ranqueamento. A ApexBrasil será responsável pelos custos de contratação do espaço e organização da rodada de negócios. As cooperativas selecionadas deverão pagar uma taxa de R$ 200,00, além de arcar com suas despesas pessoais (passagens aéreas, hospedagem, alimentação etc.) e com o envio de amostras. Acesse o regulamento aqui. Faça sua inscrição aqui. O Sistema OCB é parceiro da ApexBrasil e está à disposição para apoiar a participação das cooperativas. Para maiores informações, entrar em contato com a equipe de promoção comercial do Sistema OCB: jean.fernandes@ocb.coop.br e layanne.vasconcellos@ocb.coop.br

Cooperativismo de saúde: protagonismo e resiliência mostram a força do Ramo
O cooperativismo é protagonista do setor de saúde no Brasil. Criado com a intenção de promover e cuidar da saúde, proporcionando melhores condições para profissionais e pacientes, o cooperativismo de saúde brasileiro é referência tanto dentro do país quanto para o cooperativismo global. A marca mais lembrada pelos brasileiros na categoria “Planos de Saúde” na pesquisa Top of Mind, realizada pelo jornal Folha de S. Paulo, é uma cooperativa. E o reconhecimento não é algo novo: a edição de 2022 foi a 30ª vez seguida em que a Unimed liderou o levantamento. Tudo isso em meio ao crescimento na carteira de beneficiários das cooperativas que compõem o Sistema Unimed. As mais de 340 cooperativas também representam a força do cooperativismo de saúde brasileiro levando em conta o cenário cooperativista global. Segundo dados do World Cooperative Monitor (WCM), o Sistema Unimed do Brasil ocupa a 31ª posição no ranking mundial de volume de negócios, sendo o sistema cooperativo brasileiro mais bem colocado. Ou seja: é fundamental ficar de olho no cooperativismo de saúde, entender seu tamanho e suas perspectivas para o mercado brasileiro. Neste artigo, iremos fazer um panorama das cooperativas de saúde no Brasil e entender os principais desafios e oportunidades que se apresentam ao setor. Boa leitura! Panorama do cooperativismo de saúde Reunindo profissionais de saúde e seus usuários, o cooperativismo de saúde tem o objetivo de proporcionar ou adquirir serviços focados na preservação, assistência e promoção da saúde das pessoas. O Ramo Saúde já existe há mais de 60 anos, construído por cooperativas médicas, odontológicas e de todas as profissões classificadas como atividades de atenção à saúde humana. Além disso, as cooperativas de pessoas que se reúnem para constituir um plano de saúde também se incorporam ao cooperativismo de saúde. Os dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, produzido pelo Sistema OCB, traduzem em números a força e a representatividade do Ramo. Segundo o levantamento, o cooperativismo de saúde encerrou 2021 com crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Veja dados do Anuário: Cooperativas: 767 Cooperados: 318.704 Empregados: 126.796 Segmentação do cooperativismo de saúde O Ramo Saúde marca uma presença forte no cotidiano das pessoas, apresentando uma gama de diferentes serviços. Dessa forma, as cooperativas de saúde proporcionam uma boa variedade de opções tanto para os profissionais quanto para os usuários desses serviços. Assim, o Anuário do Cooperativismo Brasileiro aponta que a distribuição do cooperativismo de saúde dentro do segmento acontece, proporcionalmente, da seguinte maneira: Operadoras de planos de saúde médico: 39,5% Prestadoras de serviço - hospitalares e odontológicos: 19,3% Outros profissionais de saúde (fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, etc): 15% Especialidades médicas prestadoras de serviços - médico e odontológico: 13,4% Operadoras de planos de saúde odontológico: 12,4% Usuários de plano de saúde: 0,3% Indicadores do cooperativismo de saúde As cooperativas de saúde têm uma cobertura ampla no Brasil, proporcionando atendimentos a uma grande quantidade de pessoas. Para se ter uma ideia da presença do ramo, o cooperativismo de saúde atua em 85% do território nacional, atendendo cerca de 24 milhões de pessoas. Assim, a aliança entre o conhecimento técnico e os princípios do cooperativismo permite a associação de trabalho, geração de emprego, renda e compromisso socioambiental na prestação de serviços de qualidade para a sociedade. Além disso, esses quesitos também podem ser representados pelos dados econômicos e financeiros do Ramo. Em 2021, por exemplo, as cooperativas do ramo somaram R$ 53 bilhões em ativos. Os ingressos do exercício também cresceram em relação a 2020: foram de R$ 89 bilhões, 17% a mais que no ano anterior. O cooperativismo de saúde e seus resultados financeiros crescentes ainda resultam em desenvolvimento social, arrecadação de impostos e distribuição de renda. Esses dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiros referentes a 2021 deixam esses fatores bem evidentes: As cooperativas de saúde recolheram 4,6 bilhões de reais aos cofres públicos; Ao todo, 2,1 bilhões de reais foram investidos em salários e benefícios para os colaboradores. O princípio da intercooperação A intercooperação, além de ser um dos princípios do cooperativismo, também se apresenta como uma estratégia de negócios positiva para a competitividade das cooperativas. E no cooperativismo de saúde as coisas não são diferentes. Por meio de parcerias e negociações, as cooperativas de saúde firmam acordos de transações comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. Isso pode ser feito tanto entre cooperativas de saúde quanto em parceria com instituições que atuam em outros setores do coop. A importâncias da intercooperação no Ramo Saúde é evidenciada pelos dados de 2021, quando: 49% das cooperativas de saúde fizeram negócios com cooperativas de crédito; 18% das representantes do cooperativismo de saúde recorreram às cooperativas de trabalho; 11% das instituições do Ramo usaram serviços proporcionados pelas coops de transporte; 7% das coops de saúde compraram produtos diretamente das cooperativas agropecuárias; Oportunidades e desafios para o cooperativismo de saúde O cooperativismo de saúde cumpriu um papel fundamental durante a pandemia de Covid-19, ajudando a suprir a demanda repentina de pacientes. Dessa forma, o Ramo ajudou a desafogar o setor público que, sozinho, ficou sobrecarregado. Agora, mesmo após o arrefecimento da pandemia, o setor enfrenta novos desafios. Por exemplo: em 2021, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as despesas médicas do setor privado subiram 24% em relação ao ano anterior. Além disso, as despesas com bens e serviços de saúde corresponderam a 9,6% do Produto Interno Bruto. O mercado de saúde passa por transformações dinâmicas, o que afeta diretamente o cooperativismo. A crescente preocupação com a saúde e o bem-estar é, inclusive, uma das tendências de consumo que mencionamos neste artigo. Todavia, mesmo que o cenário se apresente desafiador e complexo, as cooperativas de saúde registram resultados positivos, comprovando a competitividade do modelo cooperativista. Portanto, confira desafios e oportunidades para o Ramo Saúde. Transformação digital O segmento de saúde é um dos mais impactados pela transformação digital. Isso acontece porque novas tecnologias são adotadas pelo setor em busca de maior precisão em diagnósticos e procedimentos, além de potencializar a prevenção. A relevância é tanta que o InovaCoop preparou um material sobre como novos recursos tecnológicos impactam o cooperativismo de saúde. A Inteligência Artificial (IA) se apresenta como uma grande aliada dos serviços de saúde. Ela tem a capacidade de contribuir das seguintes formas, por exemplo: Analisar dados e auxiliar no diagnóstico mais preciso de doenças e na recomendação de tratamentos; Armazenar e checar dados na nuvem, além de melhorar a base de dados; Aprimorar terapias e dispositivos; Gerar notificações instantâneas sobre mudanças no estado de saúde de um paciente, de maneira instantânea; Melhorar cirurgias com uso de robôs e assistentes virtuais. A IBM, uma das maiores companhias de tecnologia do planeta, desenvolveu o IBM Watson, uma inteligência artificial capaz de escanear livros de exames para aprender os princípios básicos de diagnósticos. Assim, ela é utilizada para analisar dados de saúde, otimizando e acelerando o processo. No cooperativismo brasileiro, há o caso da Unimed Grande Florianópolis, que implantou o Robô Laura nas unidades de internação clínica e cirúrgica. A IA atua no monitoramento e cuidados dispensados aos pacientes com risco acentuado de deterioração clínica. A função é realizada através de monitoramento constante dos sinais vitais. Registro eletrônico e Internet das Coisas Médicas As inovações tecnológicas e avanços de inteligência artificial proporcionam, ainda, o desenvolvimento do Registro Eletrônico de Saúde (RES). Essa ferramenta possibilita a criação de prontuários eletrônicos e fichas pessoais dos pacientes que contêm todo o histórico. O mercado de Internet das Coisas Médicas (Internet of Medical Things - IoMT, em inglês) também vem crescendo, revela um estudo da consultoria Deloitte. São, principalmente, os dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes, que ajudam no monitoramento de dados relacionados à saúde. Essa coleta de informações ajuda a acompanhar o progresso de um tratamento ou até na identificação de condições clínicas. Para 2023, o mercado prevê que o setor de dispositivos vestíveis atinja um valor de mercado de US$ 27 milhões. Telessaúde e telemedicina O isolamento social proporcionado pela pandemia também ajudou a impulsionar o desenvolvimento da telessaúde e da telemedicina. A consultoria PwC descreve esse fenômeno como “virtualização da medicina”, ao transferir procedimentos para espaços virtuais. Consequentemente, os pacientes passarão a adotar um modelo contínuo de atendimento, prevê a PwC. Na Central Nacional Unimed (CNU), a telemedicina se tornou uma aliada em diferentes modalidades: teleorientação, teletriagem, telemonitoramento e teleconsulta. A modalidade está ganhando espaço porque reduz custos tanto para os profissionais quanto para os pacientes, além da facilitação logística. O atendimento remoto não cabe apenas às consultas clínicas. A Unifop, que atende às áreas de psicologia, nutrição e fonoaudiologia, criou sua própria plataforma para realizar teleatendimentos. A solução, a propósito, é fruto de uma iniciativa de intercooperação. Com isso, o investimento em telessaúde poderia expandir os serviços para pacientes externos e, ao mesmo tempo, ajudar os hospitais a gerenciar custos e aumentar a receita. Afinal, além de permitir consultas por vídeo ou teleconferência, ela pode atuar como um complemento para a prestação de serviços presenciais. Experiência do paciente Não é só a tecnologia que está mudando no mercado de saúde: também há uma transformação cultural em curso. A experiência do paciente vem se tornando um fator cada vez mais central em prol da humanização no setor. A jornada em prol da conquista da confiança do paciente resulta, assim, em uma nova dinâmica na relação entre pacientes, médicos e cooperativas de saúde. Afinal, os pacientes estão mais criteriosos e exigentes com os serviços prestados e demandam atenção personalizada. A Unimed Poços de Caldas usou a tecnologia para aprimorar seus processos de segurança do paciente. Em parceria com uma startup, a cooperativa mensura a satisfação dos seus pacientes durante o atendimento por meio de uma série de critérios, que são acompanhados com o tempo. A iniciativa ajudou a cooperativa a identificar os pontos críticos de melhoria no atendimento e culminou na melhora significativa de todos os itens avaliados. Essa iniciativa desenha um norte que se apresenta para humanizar ainda mais o cooperativismo de saúde. Conclusão A excelência do cooperativismo de saúde brasileiro é comprovada pela Agência Nacional de Saúde. Segundo o ranking da ANS, o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), as 235 operadoras do sistema Unimed foram classificadas em boas faixas de desempenho e, das 60 operadoras com nota máxima, 53 são operadoras Unimed. Já as Uniodontos somaram 13 das 18 maiores notas (acima de 0,9) das operadoras exclusivamente odontológicas. Ou seja: além da capilaridade e acessibilidade, o cooperativismo de saúde proporciona atendimento de alto nível aos pacientes. Com isso, o cooperativismo se destaca e se comprova, cada vez mais, como um modelo de negócios sólido no mercado de saúde brasileiro. Essa solidez é a responsável pela resiliência do Ramo, que se mantém atento às tendências e superando os desafios que se impõem em um ambiente de negócios competitivo e acirrado em um setor fundamental para a sociedade.

COP27: mudanças climáticas, energias renováveis e desmatamento em foco
A 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas - COP27 - reúne líderes globais entre os dias 6 e 18 de novembro. Neste ano, o evento está sendo realizado no Egito e levanta discussões sobre os temas que mais preocupam sobre o futuro ambiental do planeta e seus impactos para a sociedade e a economia. António Guterres, secretário-geral da ONU, destaca que a COP27 visa alcançar soluções climáticas capazes de responder à altura a escalada dos problemas ambientais. Além disso, a atual edição do evento leva em consideração o contexto da guerra na Ucrânia e seus impactos para a questão energética. No mais, a programação da COP27 irá abordar assuntos em destaque, como: De que forma os países estão reduzindo suas emissões de poluentes. Como os países se adaptam às mudanças climáticas e, assim, de que forma podem se ajudar. De que maneira é viável financiar o enfrentamento à deterioração climática e ambiental. Sobre a conferência do clima As COPs são as conferências climáticas mais importantes, reunindo lideranças globais políticas e civis a fim de promover discussões e encontrar soluções para a saúde do planeta. O ponto de partida foi a ECO-92, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Na ocasião, aliás, o Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU foi criado. Diante dos resultados proporcionados pelo encontro, a ONU passou a realizar conferências anuais a partir de 1994. Em 2022, está acontecendo a 27ª edição do encontro - a COP27. Diversos documentos e tratados climáticos importantes foram desenvolvidos e compromissos foram firmados por muitos atores centrais da geopolítica mundial. O Protocolo de Kyoto, produzido durante a COP3 em 1997, e o Acordo de Paris, adotado em 2015 durante a COP21, por exemplo, guiam os esforços para limitar o aquecimento global e seus efeitos. De acordo com a importância da COP27, portanto, confira alguns dos principais assuntos em voga que estão sendo tratados no encontro e o que esperar da Conferência. Aproveite a leitura! A importância da política ambiental Um dos focos da COP27 está em estimular a vontade política em prol de uma atuação efetiva diante das alterações climáticas. Para isso, a conferência visa propor um pacto a fim de que os países desenvolvidos cumpram seus compromissos assumidos no Acordo de Paris e diminuam suas emissões. O Pacto de Solidariedade Climática proposto por Guterres implica no desenvolvimento de políticas ambientais com o objetivo de limitar, nesta década, o aquecimento global a 1,5ºC acima das temperaturas pré-industriais. Emmanuel Macron, presidente da França, cobrou que países ricos fora da Europa ajudem as nações mais pobres no enfrentamento às mudanças climáticas. Nesse contexto, o desenvolvimento de políticas ambientais deve levar em conta os impactos globais climáticos a partir das realidades internas de cada país. Além disso, essas iniciativas precisam incluir todos os setores da sociedade: governos, cooperativas, empresas mercantis, sociedade civil organizada e indivíduos. O incentivo institucionalizado à agenda ESG, por exemplo, é uma maneira de integrar diversos atores em prol da política ambiental. Mudanças climáticas No primeiro dia de conferência, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou um documento que revela a força da transformação climática. Os dados revelados apontam que os últimos oito anos podem ter sido os mais quentes já registrados. A agência meteorológica da ONU explica que o período entre 2015 e 2018 registrou altas temperaturas e níveis recorde de concentração de gases causadores do efeito estufa. O estudo ainda prevê mais um aumento de temperatura em 2022. Assim, Petteri Taalas, diretor da OMM, alerta para os efeitos dessa tendência: “Quanto maior o aquecimento, piores os impactos. Temos níveis tão altos de dióxido de carbono na atmosfera agora que o 1,5°C do Acordo de Paris mal está ao nosso alcance”. Combate à crise climática passa pelo social Conforme destaca o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a crise climática é responsável por deixar cada vez mais pessoas à beira da fome. Isso ocorre devido às ondas de calor, secas, inundações e tempestades que são agravadas pelas mudanças no clima. Diante disso, o PMA faz três recomendações para os líderes presentes na COP27: Ampliar a adaptação climática e as soluções para evitar, minimizar e abordar perdas e danos: líderes globais precisam investir em sistemas capazes de prever riscos climáticos e fornecer, também, proteção física e financeira aos mais vulneráveis. Afinal, fenômenos climáticos derivados do aquecimento global, como inundações, afetam a disponibilidade de alimentos. Investir em ação climática em comunidades com contextos frágeis: pessoas que vivem em áreas afetadas pelas mudanças climáticas também são frequentemente afetadas por conflitos, deslocamentos e desigualdades sociais. Portanto, essas comunidades precisam de apoio e investimento. Transformar os sistemas alimentares: o PMA avalia que a cadeia de produção, processamento e transporte de alimentos não é equitativa nem sustentável. Eventos climáticos destroem sistemas alimentares que, por outro lado, são grandes contribuintes para o aquecimento global. Por isso, esses sistemas devem ser mais diversos e menos poluidores. Desmatamento ilegal Uma das questões mais relevantes envolvendo o Brasil nas discussões climáticas diz respeito ao desmatamento ilegal. Durante a COP26, realizada na Escócia em 2021, o país se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2028. Contudo, desde então, a perda de vegetação seguiu crescendo, indicam os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Com isso, a meta fica mais distante e difícil de ser alcançada. O relatório Fazendo o bem no Pacto Climático de Glasgow revela que os compromissos firmados durante a COP26 em relação ao desmatamento não estão no ritmo ideal. O texto argumenta que os atuais mecanismos de financiamento climático florestal não recompensam a conservação e oferecem pouca resistência às pressões por desmatamento. Diante desse cenário, o Brasil está articulando a formação de uma aliança estratégica internacional com o intuito de coordenar esforços de conservação das florestas tropicais. A parceria com Indonésia e República Democrática do Congo reúne mais da metade - 53% - do total de área florestal tropical que resta no planeta. Energias renováveis O cenário imposto pela guerra na Ucrânia traz um protagonismo ainda maior para as discussões sobre as matrizes energéticas. A dependência do gás russo acendeu um alerta para que a Europa busque fontes alternativas e limpas de energia. Assim, esse contexto geopolítico resulta em um retrocesso perante os compromissos firmados por diversos países europeus. Todavia, tal situação pode servir de alerta para que as nações busquem a autossuficiência energética. Para tanto, a maneira mais eficaz é o investimento em energias renováveis. Portugal e Dinamarca, por exemplo, já estão caminhando nessa direção. O secretário-geral da ONU propõe, ainda, que países ricos e instituições financeiras internacionais forneçam fundos e apoio técnico para que as economias emergentes acelerem a implementação de energias renováveis. Guterres defende o fim da dependência de combustíveis fósseis e acabar com a construção de novas usinas de carvão. Além disso, o fornecimento de energia universal, acessível e sustentável para todos deve ser o objetivo das estratégias que unem os países desenvolvidos e emergentes em busca de benefícios para a humanidade. Brasil acima da média global O Brasil se destaca quando o assunto é energia renovável: a matriz energética brasileira apresenta um índice renovável de 84% perante aos 27% da média mundial. Neste ano, a produção de energia solar e eólica alcançou valores recorde de forma que, somadas, elas são suficientes para fornecer energia limpa para mais de 40 milhões de brasileiros. O cooperativismo faz parte desse movimento. O Radar da Inovação, por exemplo, contou a história da parceria entre Certel e Sicredi em prol da produção de energia limpa e renovável. O projeto “A Energia que nos une” resultou na hidrelétrica Vale do Leite. Confira essa história clicando aqui. Mercado de carbono Outra pauta amplificada pela presença brasileira na COP27 é o mercado de carbono. Na conferência de 2021, muitas discussões se deram em torno de como os créditos de carbono podem ajudar no cumprimento dos planos para mitigação das mudanças climáticas. Agora, a regulamentação e os mecanismos desse mercado devem ser definidos. O Brasil deve ficar de olho no desenvolvimento desses temas devido ao potencial econômico desse mercado. Um estudo do ICC Brasil, representação nacional da International Chamber of Commerce, estima que o mercado de carbono pode gerar receitas de até US$ 100 bilhões no país. Um relatório da ONU indica que a maior parte dos países está atrasada em relação a seus compromissos de reduzir emissões de carbono. Portanto, o potencial desse mercado é crescente. No cooperativismo, esse mercado já é explorado, sobretudo por coops rurais. Uma regulamentação adequada pode potencializar ainda mais essa atividade. Além disso, a primeira cooperativa dedicada a negociar créditos de carbono foi criada na caatinga pernambucana. O que esperar da COP27 A COP27 protagoniza o início de uma nova fase de balanço e implementação do Acordo de Paris, assinado em 2015. Agora é o momento dos países entregarem planejamentos concretos sobre de que maneira irão cumprir na prática as metas que estabeleceram para alcançar o objetivo de limitar o aumento da temperatura. As negociações entre países ricos e pobres em prol do financiamento para as adaptações sustentáveis devem permear grande parte das discussões da COP27. Mais do que isso, o Sul Global requer uma compensação financeira em reparação aos danos causados por séculos de emissões de carbono por parte das economias desenvolvidas. O Sistema OCB marca presença na COP27. Marcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, coordena um painel sobre a importância das cooperativas para o agro sustentável, de forma a valorizar as ações do ramo. Para ilustrar esse cenário, participam do encontro as cooperativas Coopercitrus (SP) e CCPR (MG) com bons exemplos em energia renovável e em gestão sustentável. “Além disso, as cooperativas Cocamar (PR) e Coplana (SP) mostram iniciativas de agricultura de baixo carbono, através de mudança nos sistemas de produção e mecanismos financeiros para preservação ambiental”.

Disponível curso EaD de Customer Support
Temos novidades para transformar a área de suporte ao cliente e cooperado da sua cooperativa e garantir um diferencial competitivo: o curso EaD de Customer Support. O curso apresenta conceitos, estratégias e métricas essenciais para proporcionar boas experiências e conquistar confiança e credibilidade de marca. A área de Customer Support é a responsável pelo atendimento ao cliente, resolução de problemas e melhor relação das expectativas com a cooperativa. Por isso, tratar bem o seu cliente e cooperado parece simples, mas esta é uma ação das mais estratégicas que a cooperativa precisa ter. Deixá-los satisfeitos, atendidos e, principalmente, entender os maiores momentos de atrito é fundamental para construir uma solução adequada para a cooperativa. A abordagem do curso online é bem abrangente, vai desde o atendimento ao cliente às soluções de problemas. No curso você vai aprender os principais canais de atendimento, as formas, os sistemas que podem ser utilizados, as métricas relevantes, como implementar, priorizar e muito mais. Conheça mais sobre o curso “Customer Support” clicando aqui.

Aurora Alimentos: qualidade e padronização potencializam exportações
Flexibilidade na hora de negociar vendas para o mercado externo proporciona oportunidades para o crescimento da cooperativa Ficha Técnica Nome da cooperativa: Aurora Alimentos Ramo: Agropecuária Produto: Frango, carne suína e lácteos Localização: Santa Catarina - Região Sul Breve histórico: Foi constituída em 15 de abril de 1969 por 18 pessoas. Possui plantas industriais e comerciais em diversos pontos do Brasil, com cobertura em todas as regiões. Resumo: Uma das maiores cooperativas do Brasil, a Aurora sempre se voltou à atuação com excelência e investiu em informatização de processos desde a sua criação. A expansão da cooperativa para o mercado externo começou em 1998 e, desde então, a Aurora se consolidou como uma cooperativa exportadora de proteínas como frango e suínos. Contexto Uma das maiores cooperativas do Brasil, a Aurora Alimentos conta com 11 cooperativas singulares filiadas, mais de 72 mil famílias de empresários rurais, mais de 40 mil empregados diretos e por volta de 10 mil empregados das cooperativas filiadas ao sistema. A estrutura começou a ser construída em 1969 com produção e comercialização de alimentos derivados de origem animal. A cooperativa sempre se voltou à atuação com excelência, com investimentos em informatização de processos logo no início de sua operação. Também levou sempre a sério a preocupação com o meio ambiente, com implantação de estações de tratamento de efluentes e investimento em reflorestamento desde a década de 1980. A expansão da cooperativa para o mercado externo começou em 1998, ano em que as exportações totalizaram 8.200 toneladas. Desde então, a Aurora se consolidou como uma cooperativa exportadora de proteínas oriundas de cortes de frango e de suínos. Desafios Os desafios da Aurora estão ligados à manutenção do crescimento dos negócios em meio ao aumento na capacidade produtiva em conjunto com as oportunidades proporcionadas pelo mercado externo. O gerenciamento de todos os diversos mercados de destino das exportações enfrenta como principal desafio casar oportunidades de negócio com a manutenção dos mercados mais relevantes. Além disso, há desafios relacionados à constante flutuação econômica mundial, bem como às variações na expectativa dos clientes devido às diferenças culturais entre os países. Soluções A Aurora adota duas modalidades de exportação: direta e indireta. A direta é preferencial, pois proporciona maior rentabilidade, já que não há a influência de intermediários no negócio. Entretanto, não é possível adotar essa modalidade em todos os casos, pois há negócios com características diferentes. É o caso de países em que há um maior risco associado à transação e que exigem um financiador para garantir as vendas. Para esses casos, a Aurora opta pela exportação indireta como uma forma de expandir os negócios. Desenvolvimento O desenvolvimento comercial da frente de exportação se baseia na participação em feiras internacionais em que a cooperativa recebe os clientes atuais e também clientes potenciais. Além disso, há um trabalho voltado à realização de novos contatos recebidos por e-mail e telefone na Aurora. Parte menos significativa da prospecção é feita por meio de pesquisas na internet. A cooperativa acredita que o comportamento do mercado externo foi determinante para os bons resultados alcançados com as exportações. Outro fator a ser levado em consideração tem a ver com algumas doenças que acometem os rebanhos na Ásia, África e no Leste Europeu. Isso ocasionou uma demanda bastante forte por proteína animal no mercado mundial, beneficiando os países produtores, como o Brasil. A Aurora otimizou as ações comerciais e inseriu-se com competência nesse cenário. Apesar do bom desempenho, a Aurora está atenta aos desafios inerentes à atuação com exportações. Dentre eles: Burocracias governamentais, tanto do país exportador quanto do importador; Falta de acordos comerciais do Brasil com outros países, o que dificulta a abertura de novos mercados; Impostos de importação; Volatilidade do câmbio; Alto custo de produção e dos fretes. Na prática, a Aurora investe em qualidade por meio de sistemas de Qualidade e Procedimentos no campo, com acompanhamento técnico por parte da cooperativa. Assim, a Aurora consegue padronizar desde o campo até as indústrias para alcançar um produto de excelência. Nesse contexto, o papel do cooperado é essencial. Afinal, é ele quem precisa seguir diversos procedimentos de qualidade para garantir o peso e padrão necessários para o animal. Isso é feito com acompanhamento técnico da Aurora. Resultados No que diz respeito ao destino das exportações, a Aurora destaca o mercado do Japão, país onde tem havido expressivo crescimento das vendas de carne suína nos últimos anos, e a China que, em 2020, ficou com 40% das exportações totais da Cooperativa Central. A expectativa da cooperativa é continuar aumentando os volumes comercializados para o exterior. Para tanto, a estratégia tem como um dos fundamentos manter o elevado patamar de qualidade dos produtos, com estratégia comercial clara e objetiva e baseada em prestação de serviços de excelência aos clientes. Além disso, a cooperativa entende ser importante melhorar ainda mais a prospecção dos clientes. Uma das possibilidades é atuar mais fortemente com listas de rankings de importadores de clientes no destino, bem como encabeçar pesquisas sobre consignees (financiadores) por meio dos quais atualmente a Aurora tem vendido. Esta é uma possibilidade que a cooperativa acredita se aplicar a países na África, como Angola, Congo, dentre outros. A Aurora acredita que em algumas regiões da África o ideal seria desenvolver um trabalho em conjunto com a frente financeira, já que as tradings europeias tendem a ser priorizadas pelos clientes finais devido às melhores condições de financiamento. Aprendizados A flexibilidade de exportar tanto direta quanto indiretamente potencializa a capacidade de conseguir negócios. A busca de soluções para os desafios comerciais deve ser constante. Qualidade e padronização dos produtos são fatores essenciais para o sucesso no mercado externo.

Nater Coop: cafés especiais da cooperativa fazem sucesso na Amazon
Linha Pronova Coffee Stories chegou a liderar a venda de cafés na gigante do e-commerce Ficha técnica Nome da cooperativa: Nater Coop (anteriormente Coopeavi) Ramo: Agropecuária Produto: Café Localização: Espírito Santo Breve histórico: Fundada em 1964, a Nater Coop produz uma gama de produtos no setor agropecuário e é a maior empregadora do agronegócio capixaba. Atualmente, a cooperativa conta com mais de 19 mil associados, mais de mil colaboradores e filiais distribuídas por Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Resumo: Em 2019, os cafés especiais da linha Pronova Coffe Stories, da Nater Coop, começaram a ser vendidos pela Amazon Brasil. Desde então, a venda dos produtos na plataforma não parou de crescer e chegou a liderar a venda de cafés no site da gigante do varejo digital. Contexto A Nater Coop, que até o final de 2022 se chamava Coopeavi (Cooperativa Agropecuária Centro Serrana), é uma das maiores cooperativas do Espírito Santo. Fundada há mais de 58 anos com foco na avicultura, a Nater Coop diversificou sua produção com o tempo e, hoje, atua em segmentos como cafeicultura, bovinocultura, horticultura, agroindústria e varejo. Ao todo, a Nater Coop reúne mais de 19 mil cooperados, mais de mil colaboradores e nutre relacionamentos com cerca de 30 mil produtores rurais. A exportação também é importante nos negócios da cooperativa, que vende para 11 países. A jornada da cooperativa passa pelo amadurecimento e envolvimento em diversos processos da cadeia produtiva e comercial. Dessa forma, a Nater Coop atua desde o plantio até o contato com o consumidor final. Desafios O segmento de café é um dos mais importantes para a cooperativa. O Pronova Coffee Stories é a marca de café arábica produzido pelos cooperados da Nater Coop nas montanhas capixabas. Durante o isolamento causado pela pandemia de covid-19, o consumo de café cresceu no Brasil, aponta um levantamento do Rabobank. Contudo, os consumidores passaram a comprar cada vez mais por meio do e-commerce. Por mais que a cooperativa mantenha uma loja digital, os preços do frete acabam inibindo a compra em lugares mais distantes da localização da cooperativa, graças aos custos logísticos. Solução Ainda em 2019, os produtos da marca Pronova Coffee Stories começaram a ser comercializados pela Amazon Brasil, braço nacional da maior varejista online do mundo. Dessa forma, o café produzido pela Nater Coop ficou disponível para clientes de todo o Brasil, contando com a rede de distribuição e logística da Amazon, além da visibilidade proporcionada pela presença na plataforma. Desenvolvimento Em 2019, quando as vendas da linha Pronova Coffe Stories começaram na Amazon, o volume ainda era bastante baixo, mas a iniciativa cresceu no decorrer do tempo. Uma das razões para o sucesso das vendas é a assinatura da Amazon, que proporciona frete grátis aos clientes. Com isso, ficou mais barato comprar na gigante do e-commerce do que diretamente no site da cooperativa. Além disso, os cafés produzidos pela Nater Coop têm o custo-benefício como trunfo. Graças ao modelo de negócios do cooperativismo e o acesso direto ao produtor cooperado, a marca Pronova Coffee Stories consegue proporcionar preços atrativos e acessíveis, levando em conta a qualidade dos cafés especiais. Resultados Até o primeiro trimestre de 2022, mais de 10 mil pacotes dos produtos produzidos pela Nater Coop foram vendidos por meio da Amazon. A quantia representa um número bastante significativo dentro do mercado de cafés especiais. Em média, anualmente, o crescimento nas vendas para a Amazon passa dos 450%. Em abril de 2022, a cooperativa registrou que os cafés especiais da marca eram os mais vendidos na Amazon há pelo menos um mês. Em meados de março, o estoque esgotou e os produtos ficaram indisponíveis até que uma nova remessa fosse entregue à varejista. A avaliação dos clientes na plataforma de e-commerce também comprova o sucesso da iniciativa. Todos os cafés produzidos pela Nater Coop disponíveis contam com avaliações entre 4,4 e 4,6 estrelas, em uma escala que vai de zero a cinco. Aprendizados O e-commerce veio para ficar com sua capacidade de impulsionar os negócios e ampliar o acesso a novos públicos. O acesso a uma ampla rede de comércio e logística potencializa as vendas. Plataformas de comércio digital podem ajudar a divulgar, distribuir e difundir os produtos, complementando a loja virtual da própria cooperativa.

Coopfam moderniza processos para ampliar exportações
Exportação de café certificado corresponde a cerca de 85% do faturamento anual da cooperativa, que exporta para mais de 10 países. Ficha técnica Nome da cooperativa: Coopfam - Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região Ramo: Agropecuário Produto: Café verde cru Localização: Poço Fundo (MG), com atuação no sul de Minas Gerais Breve histórico: Fundada em 2003 a partir de uma associação já existente, a Associação dos Pequenos Produtores de Poço Fundo, que foi a primeira organização do Brasil a obter a certificação FairTrade. Resumo: A cooperativa reestruturou o trabalho de fornecimento de café e, atualmente, tem produção para atender diferentes nichos de mercado, desde commodity e certificados até os altamente especiais e orgânicos. Para onde exporta: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, Suíça, França, Itália, Japão, Austrália, Nova Zelândia. Contexto O cultivo de café no sul de Minas Gerais começou nos anos 80 por meio da Pastoral da Terra, movimento da Igreja Católica. Mais tarde, em 1991, foi criada a Associação dos Pequenos Produtores de Poço Fundo, com foco na produção de café e que, anos depois, em 1998, seria a primeira organização do Brasil a obter a certificação FairTrade. Em 2003, a associação se torna cooperativa e dá origem à Coopfam - Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região. Portanto, a Coopfam é uma das organizações pioneiras no Brasil na comercialização de café com a certificação FairTrade. Ela começou a realizar exportações em 2007 e aproximadamente 85% do seu faturamento é obtido com as vendas externas de cafés finos com selo FairTrade, que assegura, ao pequeno produtor, um pagamento superior - mais que o dobro geralmente - em relação ao café especial convencional. A cooperativa exporta café verde cru para países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, Suíça, França, Itália, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Ao todo, as exportações chegam a representar um faturamento anual de cerca de 10 milhões de dólares, o que significa um crescimento substancial em relação aos anos anteriores. Desafios Para chegar ao patamar atual, a cooperativa teve que modernizar sua produção e todos os processos de preparação e comercialização do produto para exportação. A profissionalização foi essencial para o crescimento da cooperativa e, sobretudo, para a expansão das exportações. Para se diferenciar no mercado, a cooperativa também precisava de certificações, como a FairTrade e a Orgânica, esta última certificada pelo IBD, para os mercados europeu, brasileiro, japonês e americano. Segundo a cooperativa, elas são importantes devido aos resultados e benefícios gerados para as famílias cooperadas e a comunidade, nos quesitos ambientais e sociais. Ou seja, a sustentabilidade da operação também era um ponto de atenção. Soluções A cooperativa explica que o impacto socioambiental somado aos diferenciais de precificação na comercialização que garantem o preço justo e a valorização do produto, agregam valor para os produtores cooperados e, consequentemente, para a comunidade local. Isso porque, todas essas ações de caráter socioambiental, impactam as propriedades e seu entorno, de modo a contribuir com o desenvolvimento sustentável regional. Dessa forma, toda a área cultivada com café pelos cooperados da Coopfam, cerca de 3 mil hectares, possui a certificação FairTrade, que é renovada periodicamente após as auditorias da Flocert. Nesta área, alguns cooperados também plantam café orgânico, que responde por cerca de 5% da produção total de café da cooperativa. Desenvolvimento Ao longo do tempo e à medida que aumentava suas exportações, a Coopfam foi profissionalizando cada vez mais o processo de exportação, que, em resumo, funciona da seguinte forma na cooperativa atualmente: Para iniciar o processo de exportação, o Departamento de Classificação de Cafés da cooperativa prepara, com um mês de antecedência, uma amostra de café para enviar ao importador, que retorna com a aprovação e as instruções de embarque, com todos os dados necessários para envio dos grãos. Esses documentos são enviados ao despachante aduaneiro responsável pelo processo. Em seguida, o mesmo departamento da Coopfam emite a instrução de maquinário de café, para a preparação dentro das especificações acordadas em contrato. É um processo muito cuidadoso para garantir a qualidade do produto e a satisfação do importador. Enquanto a carga é preparada, o despachante envia a relação de navios disponíveis para a cooperativa escolher a melhor opção. Após a definição, os dados da reserva também são enviados ao importador, incluindo as datas de saída e chegada. No dia da estufagem, é emitida a nota fiscal e a autorização de carregamento. O contêiner, depois de inspecionado, é carregado com as sacas de café e lacrado com uma numeração que também é enviada ao importador - medida que visa evitar a violação da carga. Por fim, o despachante aduaneiro emite o registro de importação, que é um controle a ser enviado à Receita Federal, é feito o seguro da carga e o motorista é liberado a levá-la ao porto. Quando o importador recebe todos os documentos e informações da importação, que garantem o sucesso da operação, é iniciado o processo de pagamento e finalizada a exportação. Resultados Ano a ano, a Coopfam vem registrando alta nas exportações das sacas de 60 kg de café verde cru. Por exemplo: saltou de 7.000 sacas exportadas em 2014 para mais de 78.000 em 2020. Em partes, esse crescimento se deve ao trabalho de uma equipe comercial da cooperativa que é voltada à abertura de mercados de exportação, além de trabalhar na ampliação do número de clientes nos países já consumidores. Em 2020, por exemplo, a cooperativa conquistou 14 novos clientes internacionais em 3 países. A perspectiva é continuar a expansão no volume de vendas e número de clientes. A cooperativa reestruturou o trabalho de fornecimento de café e hoje tem produção para atender diferentes nichos de mercado, desde commodity e certificados até os altamente especiais e orgânicos. A produção dos cooperados que não atinge o padrão de exportação é vendida a torrefações nacionais. Inclusive, a cooperativa pretende ampliar de 15% para 25% a fatia das suas vendas no Brasil, reduzindo a dependência do mercado externo. Aprendizados Investimentos na profissionalização da produção e no comercial garantem aumento exponencial das exportações em seis anos. Uma equipe comercial dedicada e bem treinada pode abrir novos mercados e ajudar na expansão da cooperativa. A questão socioambiental não pode ficar de lado e deve ser usada a favor da cooperativa, para garantir uma produção com mais responsabilidade ambiental. O impacto socioambiental somado aos diferenciais de precificação garantem preço justo e valorização do produto, agregando valor para os produtores cooperados.

CAMTA: produção sustentável garante certificações necessárias para ampliar exportação
Após obter selo de Indicação Geográfica (IG) para o cacau, cooperativa espera aumentar mercados e exportações. Ficha técnica Nome da Cooperativa: CAMTA - Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu Ramo: Agropecuário Produtos: cacau, pimenta do reino, polpas de frutas Localização: Tomé-Açu (PA) Breve histórico: Fundada em 1929 por imigrantes japoneses que buscavam colonizar a região de Tomé-Açu, no Pará. Começou com a cultura de pimenta-do-reino e depois ampliou para cacau e frutas diversas. Resumo: A cooperativa possui um modelo exclusivo de agricultura sustentável que garante produtos de qualidade e com as certificações necessárias para determinados países. Para onde exporta: Argentina, Japão, Estados Unidos, Alemanha, França e Israel Contexto A história da CAMTA (Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu) se mistura com a imigração japonesa no Brasil. A cooperativa foi fundada em 1929 por imigrantes japoneses que buscavam colonizar a região de Tomé-Açu, no Pará, cultivando o cacaueiro, hortaliças e arroz. A CAMTA iniciou suas atividades com a cultura de pimenta-do-reino, que só foi prosperar depois da 2ª Guerra Mundial, transformando-se no "diamante negro" que gerava desenvolvimento à região. No final da década de 60, porém, começou o declínio da fase áurea da pimenta-do-reino, o que fez a cooperativa diversificar a produção, aderindo a culturas de curto, médio e longo prazos. Essa mudança fez com que a região se tornasse um importante polo exportador de frutas tropicais. Mais tarde, em 1987, após apoio financeiro do governo japonês, a CAMTA implantou sua agroindústria de polpas de frutas, que conta com cerca de 170 cooperados, somados a mais de 1.800 produtores familiares cadastrados para o fornecimento de matéria prima. A cooperativa produz e exporta cacau, pimenta-do-reino e polpa de fruta para países como Argentina, Japão, Estados Unidos, Alemanha, França e Israel. Desafios Os desafios da CAMTA sempre estiveram atrelados à sustentabilidade e à certificação da sua produção, como forma de se diferenciar no mercado. As questões climáticas globais, por exemplo, sempre estiveram no radar da cooperativa. Para facilitar a entrada em alguns mercados também era necessário obter algumas certificações. No caso do cacau, a CAMTA buscava o selo de Indicação Geográfica (IG) para comprovar que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem. Isso porque, em determinados mercados internacionais, muitos produtos são caracterizados não apenas pela marca que ostentam, mas também pela indicação da sua verdadeira origem geográfica. Ou seja, essa indicação representa reputação e o distingue dos demais produtos disponíveis no mercado. Soluções Um dos grandes diferenciais da CAMTA é o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (SAFTA), um modelo exclusivo de agricultura sustentável na Amazônia, que faz, por exemplo, com que o cacau cresça em um ambiente que simula o de uma floresta nativa e ainda seja produzido de forma sustentável. O SAFTA teve início na década de 70 através da consorciação de diversas culturas agrícolas, frutíferas e florestais nas áreas onde predominava a monocultura decadente da pimenta-do-reino. O sistema é inspirado na vivência dos povos ribeirinhos que plantavam em seus quintais o policultivo de árvores frutíferas e florestais, imitando a floresta. Preocupada com as questões climáticas globais, a CAMTA busca conscientizar seus cooperados a praticarem o SAFTA em suas propriedades agrícolas. Pois é uma forma de contribuir para a redução dos desmatamentos da floresta primária e assegurar um ambiente de trabalho agradável, sob a sombra das árvores frutíferas e florestais. A disseminação do SAFTA tem promovido a melhoria na qualidade de vida das comunidades envolvidas e garantido a comercialização de produtos gerados na cadeia de produção contínua e sustentável. Inclusive, é um diferencial que contribui para a exportação. Além disso, a localização da cooperativa é tida como estratégica não só do ponto de vista geográfico. Estar na região Amazônica garante uma alta incidência de sol, que, segundo a cooperativa, garante um produto de melhor qualidade, com sabor mais doce e acentuado - o que é bastante valorizado pelos importadores. Desenvolvimento Devido à sua origem, a CAMTA começou a exportar primeiramente para o Japão, mas logo ampliou os mercados com exportação direta e também por meio de traders e brokers. No Japão, por exemplo, a cooperativa vende diretamente para uma grande distribuidora local, que revende internamente no país. Uma novidade recente na cooperativa foi a obtenção, em 2019, do selo de Indicação Geográfica (IG) para o cacau. Inclusive, a busca pelo selo de IG nasceu de uma demanda do mercado de exportação. “Levamos 10 anos para conseguir isso e tivemos que adequar muitas coisas para dar certo”, lembra o presidente da CAMTA, Alberto Opatta. A primeira exportação de cacau com o selo de IG ocorreu em 2020. A CAMTA possui também as certificações Orgânica e Kosher e está tentando obter a ISO 22000 - Gestão de Segurança de Alimentos. Trata-se de uma norma internacional que define os requisitos de um sistema de gestão de segurança de alimentos abrangendo todas as organizações da cadeia alimentar, da "colheita à mesa". Por não possuí-la, a cooperativa conta que já deixou de vender para países onde a ISO 22000 é obrigatória. Resultados Em 2022, a cooperativa comemorou 93 anos de vida e, principalmente, sua consolidação no mercado, superando inúmeras dificuldades ao longo das décadas. Vale lembrar que a CAMTA não vende apenas para o mercado externo. Inclusive, a cooperativa também pretende ampliar sua participação no mercado nacional, especialmente em São Paulo. Sobre os produtos disponibilizados, a cooperativa trabalha com dois tipos de cacau: o cacau corrente em amêndoa e o cacau especial (Meiji), que é vendido exclusivamente para o mercado internacional - e teve 376 toneladas exportadas em 2019, o que representou um faturamento de quase R$ 5 milhões. Ou seja, cerca de 70% do cacau produzido é exportado. Com o selo de IG, a cooperativa espera ampliar esse número e os países importadores. Os demais produtos exportados são: pimenta-do-reino branca, pimenta-do-reino preta e polpas de frutas de mais de 15 sabores. A polpa de açaí é uma das mais demandadas, chegando a exportar, por exemplo, mais de 200 toneladas por ano. Outro resultado significativo foi o início das exportações para Israel em 2020, que representa uma excelente oportunidade de abertura do mercado do Oriente Médio. É uma forma de compensar a perda de espaço em mercados como o Japão, que passou a demandar menos polpas de fruta nos últimos anos. Aprendizados A preocupação com a sustentabilidade, a qualidade e a origem geográfica dos produtos garantem novos mercados internacionais. Com a agenda ESG com cada vez mais destaque, sai na frente quem a prioriza na prática. Poder de adaptação: a perda de espaço no Japão fez com que a CAMTA se adaptasse para buscar novos mercados, atendendo às novas demandas. A diversificação da produção pode ser essencial para a perenidade da cooperativa.