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    Como a falta de inovação impacta nos negócios das cooperativas

    Em tempos de transformação, a falta de inovação representa um grande risco para os negócios das cooperativas, e a capacidade de lidar com o novo é central para a perenização e aumento de competitividade do cooperativismo. Em setores em que a concorrência é acirrada, as cooperativas que não inovam podem acabar ficando para trás, presas na própria zona de conforto. Essa, aliás, é uma lógica que vale para cooperativas de todos os ramos e tamanhos. Inovar é importante mesmo para os pequenos negócios, até porque nem toda inovação precisa ser uma revolução e pequenos ajustes já fazem a diferença. Neste artigo, portanto, vamos entender melhor quais são os riscos ligados à falta de inovação no cooperativismo e quais são as raízes desse problema que impacta os negócios. Boa leitura! Os impactos da falta de inovação no cooperativismo Dados da segunda pesquisa Panorama da Inovação no Cooperativismo, realizada pelo Sistema OCB, indicam que as cooperativas já entenderam a importância de inovar. Em uma escala que vai de 0 a 10, a relevância da inovação ficou com a média de 9,6. Apesar disso, ainda existe uma dificuldade de transformar essa percepção favorável em inovação na prática. Trata-se de uma armadilha muito fácil de cair: manter a inovação no discurso, mas sem dedicar tempo e recursos para ela. Além disso, a falta de inovação tem impactos em um âmbito maior. O Fórum Econômico Mundial, por exemplo, aponta que esse fator consiste no principal bloqueio para que o Brasil consiga crescer no longo prazo. A capacidade de absorção e adaptação aos avanços tecnológicos, sociais e institucionais é uma grande trava para o desenvolvimento da economia. Ou seja: deixar de dar atenção à agenda de inovação pode ser a raiz de diversos problemas tanto dentro de uma cooperativa como para a economia como um todo. Confira os grandes riscos que sua cooperativa corre com a falta de inovação: Capacidade de adaptação às mudanças A inovação ajuda as cooperativas a lidar com choques, dificuldades e mudanças profundas que afetam o mercado. Nesse contexto, inovação é uma forma de tornar o negócio mais resiliente, dinâmico e ágil nos momentos em que é necessário fazer mudanças mais profundas. O Panorama da Inovação no Cooperativismo identificou a capacidade de adaptação como um ponto de atenção para o cooperativismo. Em uma escala de 0 a 10, o indicador ficou em 5,3. Somente 5% das cooperativas avaliam que lideram as mudanças no mercado. Além disso, 28% se consideram proativas, 48% fazem uma adaptação gradual, 12% são reativas e, por fim, 5% raramente se adaptam às transformações. Atraso tecnológico O mundo da tecnologia apresenta inovações com uma velocidade alucinante. Os recentes avanços da Inteligência Artificial, por exemplo, ilustram esse fenômeno. Em meio a isso, o mercado está sempre de olho buscando caminhos para absorver essas tecnologias em prol da produtividade e da atratividade. Uma cooperativa que não está antenada nos avanços tecnológicos corre grandes riscos de ficar obsoleta e perder produtividade enquanto os concorrentes que estão aproveitando o potencial das inovações prosperam. Perda de produtividade Um estudo conduzido pela professora Fernanda de Nigri, que é diretora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que existe uma associação entre a falta de inovação e a baixa produtividade. Ela escreve que: “No longo prazo, a capacidade de incorporar, adaptar e produzir novas tecnologias é fundamental para alavancar ganhos de eficiência na atividade econômica”. Dentre suas sugestões, ela sugere melhorar o ambiente de negócios para a inovação. Falta de motivação Um levantamento da Unisys com 12 mil trabalhadores de 12 países, incluindo o Brasil, revela que funcionários de negócios tecnologicamente defasados têm uma probabilidade 500% maior de se sentirem frustrados. Além disso, eles também são 600% mais propensos a desistir do emprego. Por outro lado, no recorte brasileiro do estudo, 96% dos colaboradores de organizações tecnologicamente maduras se sentem motivados para trabalhar e 49% têm orgulho do que fazem. Ou seja: uma cooperativa inovadora e tecnologicamente atualizada também consegue atrair e reter profissionais talentosos. Baixa competitividade e geração de valor Uma vez que os hábitos de consumo passam por um processo contínuo de transformação, é fundamental manter produtos e serviços atrativos. A inovação é o caminho para ofertar novidades relevantes para os novos públicos e adequadas aos novos hábitos sociais, comportamentais e de consumo. No mais, as cooperativas precisam encontrar inovações capazes de agregar valor a seus serviços e produtos. A falta de inovação também afeta a percepção de valor que as pessoas têm sobre algo. Dados e segurança digital Os dados e as informações são extremamente valiosos e sensíveis, na economia moderna. Uma das maneiras mais eficientes para inovar é por meio dos dados. Eles indicam caminhos, subsidiam decisões, antecipam tendências e contribuem para que as cooperativas conheçam melhor os seus clientes e cooperados. Ainda nessa seara, a segurança digital também é um elemento fundamental para a integridade do negócio. Sistemas desatualizados e métodos de gestão antiquados são perigosos, pois proporcionam vulnerabilidades de segurança. Por isso, as coops devem ficar de olhos nas inovações ligadas à robustez da proteção de dados. Causas da falta de inovação Mesmo reconhecendo a importância que a inovação tem para os negócios, por que muitas cooperativas não conseguem inovar? Essa situação é fruto de inúmeros fatores que prejudicam a capacidade de inovação das cooperativas. O Panorama da Inovação no Cooperativismo abordou o tema. Os dados apontam que as principais dificuldades que as cooperativas enfrentam para realizar projetos de inovação são: Falta de dinheiro e financiamento: 46% Falta de organização, de ideias ou de projetos: 34% Falta de capacitação da equipe: 32% Falta de interesse dos cooperados: 21% Falta de tempo: 19% Falta de interesse dos diretores: 11% Outras dificuldades: 5% Inovação sem prioridade Esses dados apontam que, em muitas ocasiões, a inovação acaba não sendo prioridade das cooperativas, que usam o tempo e a verba com as demandas operacionais do dia a dia. Diante disso, a inovação sofre com a escassez de recursos e de dedicação das pessoas. A pesquisa também mostra que há um déficit de conhecimento e engajamento dos colaboradores sobre o tema. Sem uma formação adequada, a força de trabalho fica alheia à inovação. A falta de inovação decorre da falta de incentivos para inovar. Conclusão Inovação, competitividade e sucessos nos negócios são elementos que caminham juntos em direção ao futuro do cooperativismo brasileiro. Essa jornada, no entanto, é cheia de desafios complexos em busca de soluções. A inovação, enquanto ideia, já conquistou o setor cooperativista. Apesar disso, o cenário é complexo e, de certo modo, contraditório, o que impõe dificuldades para inovar. Com isso, os riscos da falta de inovação precisam ser alvo da atenção das cooperativas. Na busca pela competitividade, a inovação não pode ficar de fora. Confira nosso e-book sobre como tornar sua cooperativa mais competitiva e entenda por que a inovação é motor do crescimento no cooperativismo!

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